23 outubro 2024

Municípios recebem R$ 3,4 bilhões da segunda parcela do FPM em junho

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Nesta quinta-feira (20), prefeituras de todo o Brasil irão partilhar quase R$ 3,4 bilhões referentes à segunda parcela de junho do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Este valor representa um aumento real de 11,3% em comparação ao mesmo período do ano passado, quando os municípios receberam cerca de R$ 2,9 bilhões.

Este é o terceiro aumento consecutivo do FPM, que também teve crescimento no último repasse de maio e no primeiro de junho. Comparando apenas as transferências deste mês com as do mesmo período de 2023, o FPM acumulou um aumento de R$ 2 bilhões, representando uma alta real superior a 20%.

Cesar Lima, especialista em orçamento público, alerta que, apesar do cenário atual ser positivo, os gestores devem estar atentos aos rumos da economia nos próximos meses, o que pode impactar os repasses do FPM. “Temos visto um bom resultado do FPM e notícias de recorde de arrecadação, mas o aumento do IPCA pode frear a baixa nos juros, diminuir o consumo, afetar a arrecadação e, por fim, os repasses aos municípios.”

O município de Rio Preto da Eva (AM), com menos de 25 mil habitantes, tem estimulado o setor de turismo local para diversificar suas fontes de arrecadação e depender menos do FPM. Segundo o prefeito Anderson Sousa, “Fizemos pousadas de pesca esportiva, caminhadas na selva e aventuras, o que gera receita.” Apesar dessas iniciativas, o repasse do FPM, que será de cerca de R$ 750 mil nesta quinta-feira, ainda é essencial para o equilíbrio das contas municipais.

Até o último domingo (16), 37 municípios estavam impedidos de receber o FPM, conforme o Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi). A Confederação Nacional dos Municípios (CNM) destaca que os principais motivos para o bloqueio são dívidas com o INSS, falta de recolhimento para o Pasep, débitos com a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) e a não prestação de contas no Sistema de Informações sobre Orçamento Público em Saúde (Siops).

Lista de municípios bloqueados:

  • Angicos (RN)
  • Avaré (SP)
  • Anísio de Abreu (PI)
  • Cândido Sales (BA)
  • Canguaretama (RN)
  • Campo Maior (PI)
  • Capela (SE)
  • Carapebus (RJ)
  • Careiro (AM)
  • Carmópolis (SE)
  • Caroebe (RR)
  • Cocalzinho de Goiás (GO)
  • Corumbaíba (GO)
  • Crateús (CE)
  • Fortaleza do Tabocão (TO)
  • Iaciara (GO)
  • Indianópolis (MG)
  • Ipiranga de Goiás (GO)
  • Itamaraju (BA)
  • Japaratuba (SE)
  • Madeiro (PI)
  • Mata Verde (MG)
  • Moreira Sales (PR)
  • Mucurici (ES)
  • Natal (RN)
  • Paranã (TO)
  • Pedro Gomes (MS)
  • Piripiri (PI)
  • Quipapá (PE)
  • Saloá (PE)
  • São João da Baliza (RR)
  • Santana de São Francisco (SE)
  • Santa Teresa do Tocantins (TO)
  • São Sebastião (AL)
  • Saquarema (RJ)
  • Umbaúba (SE)
  • Vila Bela da Santíssima Trindade (MT)

Os gestores públicos que desejam desbloquear os recursos devem identificar o motivo do bloqueio e regularizar a situação. O dinheiro não é perdido, mas fica bloqueado até que as pendências sejam resolvidas.

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