4 outubro 2024

Sema intensifica monitoramento dos rios do Acre em 25 pontos estratégicos

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A Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) está realizando um monitoramento intensivo dos níveis dos rios do Acre, utilizando 25 estações hidrometeorológicas para mensurar o impacto das mudanças climáticas. Este levantamento é coordenado pela Sala de Situação, que integra o Centro Integrado de Geoprocessamento Ambiental (Cigma). A coleta e análise dos dados fornecem subsídios essenciais para políticas públicas e decisões em situações de emergência ambiental.

A secretária de Estado do Meio Ambiente, Julie Messias, enfatiza a importância de dados precisos e atualizados para uma resposta rápida e eficiente a emergências ambientais, especialmente durante o período de estiagem. A Sema, em conjunto com as Defesas Civis, utiliza réguas linimétricas para medir os níveis dos rios, enquanto o Cigma monitora e mapeia dados relacionados à estiagem no Acre.

A Sala de Situação opera como um centro de monitoramento para identificar eventos críticos em todo o estado. A rotina diária inclui a vigilância da precipitação e do nível dos rios, com dados gerenciados em parceria com a Agência Nacional de Águas (ANA) em tempo real. Os principais rios monitorados incluem Juruá, Tarauacá, Envira, Purus, Iaco, Acre, Abunã, Xapuri e igarapés prioritários. A análise técnica associa esses níveis a informações meteorológicas, como volume de chuva, temperatura, umidade do ar, focos de calor e fenômenos climáticos como o El Niño.

Durante a 12ª Reunião da Sala de Crise da Região Norte, a Sema observou que os efeitos do El Niño devem prolongar-se, com um período de seca após junho. As chuvas estão abaixo do esperado, afetando bacias como as dos rios Acre, Juruá, Purus, Iaco e Envira. O governo estadual está reunindo esforços com diversas instituições para mitigar os impactos da seca, em continuidade ao trabalho do Comitê de Crise.

O Cigma colabora com vários órgãos, incluindo o Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), a ANA, o Serviço Geológico do Brasil (SGB/CPRM), o Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden).

Este ano, o Rio Acre registrou a segunda maior cheia histórica em 6 de março, atingindo 17,91 metros em Rio Branco, afetando diretamente 19 dos 22 municípios do Acre. Esta cheia sublinhou a necessidade de uma atuação eficiente e coordenada para enfrentar os desafios climáticos e ambientais no estado.

Via Agência de Notícias do Acre.

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