Nesta segunda-feira (24), servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) no estado do Acre deflagraram greve nacional. A decisão foi motivada pela falta de diálogo do Governo Federal sobre a reestruturação da carreira dos especialistas em Meio Ambiente das instituições.
De acordo com a Associação de Servidores do Ibama e ICMBio Acre (ASISBAMA/AC), o Governo Federal fechou a Mesa de Negociação, deixando pouca alternativa para a categoria. Até a manhã desta quarta-feira, 239 dos 400 servidores do Ibama já haviam assinado carta de entrega de cargos de confiança.
O sindicato também informou que 497 dos 700 fiscais do Ibama e 245 dos 600 servidores do ICMBio pediram desligamento da Portaria de Fiscalização, interrompendo suas funções de fiscalização. Os servidores alegam desvio de função, más condições de trabalho, incluindo sabotagens, tiroteios e condições precárias no campo que afetam sua saúde.
“Estamos cansados de ser vítimas de desvio de função, de dirigir carro, de passar por sabotagens, tiroteios, péssimas condições de campo que trazem doença, ameaças. Hoje é o dia internacional do meio ambiente e se o Governo não nos atender vamos pra greve,” disse Roberta Graf, presidente da Associação dos Servidores da Carreira de Especialista em Meio Ambiente.
Uma carta assinada pelo presidente da Ascema Nacional, Cleberson Zavaski, dirigida à ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e outras autoridades, destaca que os servidores estão mobilizados há seis meses pela reestruturação da Carreira de Especialista em Meio Ambiente e do Plano Especial de Cargos do MMA e do Ibama.
A greve representa um protesto significativo dos servidores em busca de melhorias nas condições de trabalho e reconhecimento de suas demandas por parte do governo federal.