Deitado, ele afirma: “Eles vão matar ‘eu’. Eu tô sem ar”. Questionado pelos presentes no local, um dos agentes diz que trata-se de um procedimento policial e ordena que as pessoas não questionem a ação.
De acordo com a Defensoria Pública, na ocasião, o defensor, que filmava a abordagem, vai até os policiais e tenta interromper a situação, momento em que se apresenta como membro da Defensoria Pública de Mato Grosso e passa a ser agredido verbalmente por um dos militares, além de ter o aparelho celular que usava para registrar a ação arrancado de suas mãos.
Em outro vídeo, também publicado nas redes, é registrado o instante em que um segundo consumidor do estabelecimento (que não estava com o defensor público e o procurador) passa a ser agredido pelos policiais. Em seguida, já do lado de fora do bar, na tentativa de conversar com os policiais para obter seu dispositivo novamente, o defensor público recebe voz de prisão, é algemado e colocado no camburão.
Em nota, a Polícia Militar do estado afirmou que não concorda com nenhum tipo de violência ou abuso de poder por parte dos seus integrantes e que abriu uma sindicância na Corregedoria-Geral para apurar a conduta dos militares.
De acordo com a Polícia Civil do estado, após serem conduzidos à Central de Flagrantes, o defensor público e o procurador foram liberados pelo delegado plantonista, que afirmou não ter encontrado provas de ocorrência de qualquer crime praticado por eles.
Por meio de nota, a Defensoria afirmou que após ser informada sobre o ocorrido entrou em contato com as autoridades competentes. “Com o objetivo de preservar a imagem das vítimas e expor a verdade dos fatos, [a defensoria] ressalta a confiança na postura e integridade de seus profissionais, bem como na capacidade das Instituições de analisarem e conduzirem a situação de maneira firme e isenta”, completou o órgão.
A defensoria também alegou que não tolera qualquer tipo de abuso contra defensoras e defensores públicos e que seguirá atuando para controlar situações de violência ou abuso de poder praticados.
Via CNN BRASIL