22 outubro 2024

Nego Di e esposa são alvos de operação do MP por suspeita de lavagem de dinheiro

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O influenciador digital Nego Di e sua esposa, Gabriela Sousa, são alvos de uma operação do Ministério Público do Rio Grande do Sul, realizada em Santa Catarina. A operação, que investiga a suspeita de lavagem de R$ 2 milhões, está relacionada à promoção de rifas virtuais, consideradas ilegais pelo MP. Mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos no litoral catarinense na manhã desta sexta-feira (12).

Embora o Ministério Público não tenha divulgado oficialmente as identidades dos alvos, a reportagem do G1 confirmou que se trata de Nego Di e sua esposa. Em nota, os advogados Hernani Fortini, Jefferson Billo da Silva, Flora Volcato e Clementina Ana Dalapicula afirmaram que não tiveram acesso aos autos do inquérito e ressaltaram que “a inocência dos investigados será provada em momento oportuno”.

De acordo com o promotor de Justiça Flávio Duarte, responsável pela investigação, dois veículos de luxo foram apreendidos. Uma arma de uso restrito das Forças Armadas, sem registro, também foi encontrada, levando à prisão em flagrante de Gabriela Sousa. A operação visa ainda recolher documentos, mídias sociais, celulares e outros materiais para determinar a extensão dos crimes praticados e os valores obtidos pelo casal. Além disso, a Justiça ordenou o bloqueio de valores e a indisponibilidade de bens dos investigados e de terceiros relacionados aos fatos.

 Quem é Nego Di

Dilson Alves da Silva Neto, mais conhecido como Nego Di, é um influenciador digital e comediante gaúcho de Porto Alegre. Ele participou do Big Brother Brasil em 2021, como integrante do grupo Camarote, sendo o terceiro eliminado do programa com 98,76% dos votos. Após o reality show, Nego Di começou a promover rifas em redes sociais, afirmando que “quem comprar mais números” ganharia o prêmio. Essa prática motivou a investigação do Ministério Público e a operação realizada nesta sexta-feira (12).

Nego Di já enfrentou sanções da Justiça do Rio Grande do Sul por divulgar fake news em suas redes sociais. Em maio deste ano, o Tribunal de Justiça ordenou a exclusão de publicações falsas sobre as enchentes, nas quais Nego Di alegava que as autoridades estavam impedindo barcos e jet skis privados de realizar salvamentos na região de Canoas, por falta de habilitação dos condutores. Ele também compartilhou imagens de cadáveres boiando que não eram da tragédia em questão.

Nota da Defesa dos Investigados

“A defesa esclarece que até o presente momento não teve acesso aos autos do inquérito conduzido pelo Ministério Público. Portanto, qualquer divulgação de informações carece de cautela para evitar uma condenação prévia e irreparável à imagem dos investigados.

Esclarecemos ainda que a inocência dos investigados será provada em momento oportuno, conforme o devido processo legal. A defesa reitera a importância do princípio da presunção de inocência e solicita que quaisquer informações sejam divulgadas com responsabilidade e respeito aos direitos fundamentais.”

Hernani Fortini, Jefferson Billo da Silva, Flora Volcato e Clementina Ana Dalapicula

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