31 outubro 2024

Campanha alerta sobre perigo de nódulos no pescoço, axilas e virilha

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O linfoma, um dos dez tipos de câncer mais comuns no Brasil, deve registrar cerca de 15.120 novos casos em 2024. Se não tratado, o linfoma pode progredir rapidamente, levando a sintomas como febre, suor noturno e perda de peso súbita. A campanha Agosto Verde-Claro, uma iniciativa da Organização Mundial da Saúde (OMS), busca conscientizar a população sobre os sinais precoces deste câncer no sangue, destacando a importância do diagnóstico precoce para aumentar as chances de recuperação e cura.

O principal sinal de alerta para o linfoma é o aparecimento de nódulos indolores em regiões como o pescoço, virilhas e axilas. A hematologista Renata Lyrio, da Oncologia D’Or, enfatiza que é essencial diferenciar esses nódulos de infecções comuns. “Se o nódulo cresce de forma espontânea e progressiva, sem estar associado a uma infecção, e se houver sintomas como febre e perda de peso, é crucial procurar um oncologista”, explica Renata.

Nos últimos anos, o tratamento do linfoma avançou significativamente. Em 2024, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o Epcoritamabe, um anticorpo biespecífico inovador, para o tratamento do linfoma difuso de grandes células B recidivado ou refratário. Este tipo de linfoma é o subtipo mais comum dos linfomas não Hodgkin, responsável por 30% dos casos. A nova terapia direciona as células T do sistema imunológico para atacar as células cancerígenas, oferecendo uma nova esperança para pacientes que não respondem a tratamentos tradicionais.

O linfoma é um grupo de tumores que se desenvolvem nos gânglios linfáticos (linfonodos) a partir das células brancas do sangue (linfócitos). Ele é classificado em dois tipos principais: linfoma de Hodgkin e linfoma não Hodgkin. O linfoma de Hodgkin, que responde por cerca de 20% dos casos, afeta principalmente jovens entre 15 e 25 anos e idosos acima de 75 anos, e é associado a um bom prognóstico e alta taxa de cura. Já o linfoma não Hodgkin abrange cerca de 50 subtipos diferentes, sendo mais frequente à medida que a pessoa envelhece.

Os linfomas podem ser classificados como agressivos, necessitando de tratamento imediato, ou indolentes, que se desenvolvem mais lentamente e requerem acompanhamento médico regular. As opções de tratamento variam de quimioterapia e radioterapia a imunoterapia, transplante de células-tronco, e a terapia celular CAR-T-cell.

A campanha Agosto Verde-Claro visa, portanto, aumentar a conscientização sobre o linfoma e incentivar a população a buscar diagnóstico precoce e tratamento adequado, para garantir maiores chances de recuperação.

Via Agência Brasil.

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