O Governo Federal anunciou que a estiagem em 2024 será a mais severa na Amazônia em duas décadas. Em resposta à crise, o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) aprovou um repasse de R$ 11,7 milhões para enfrentar os efeitos da seca na região.
A verba será destinada às ações da Defesa Civil nos estados do Amazonas e Roraima, além de municípios no Acre e Rondônia que também enfrentam situações de emergência. O ministro Waldez Góes confirmou que uma reunião com os governadores dos estados afetados está prevista para a próxima semana para coordenar a ajuda humanitária.
No Amazonas, 20 cidades estão em estado de emergência devido à severa estiagem, que impacta cerca de 254 mil pessoas, ou 63 mil famílias, conforme o boletim da Defesa Civil estadual divulgado em 20 de agosto. A seca também afetou gravemente os níveis dos rios. O Rio Solimões, próximo a Tabatinga, caiu de 4,89 metros em julho para apenas 0,07 metros. O Rio Negro, em Manaus, diminuiu de 26,85 metros para 22,56 metros em dois meses.
Além disso, a estiagem tem causado uma onda de incêndios florestais. Desde junho, o Corpo de Bombeiros estadual combateu mais de 8,4 mil focos de incêndio na região.