25 outubro 2024

Polícia Federal desarticula quadrilha que movimentou R$ 7,5 bilhões em fraudes bancárias

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Na manhã desta quarta-feira (28), a Polícia Federal (PF) deflagrou a “Operação Concierge” para desarticular uma organização criminosa suspeita de movimentar R$ 7,5 bilhões através de fraudes bancárias. A ação envolve o cumprimento de 10 mandados de prisão preventiva, 7 de prisão temporária e 60 mandados de busca e apreensão em diversas localidades.

A operação mobiliza cerca de 200 policiais federais. As investigações revelaram que o grupo criminoso realizava operações ilegais contra o sistema financeiro utilizando dois bancos digitais que operavam sem autorização do Banco Central.

Esses bancos clandestinos permitiam a abertura de contas “invisíveis” ao sistema financeiro tradicional, desvinculando os remetentes e destinatários das movimentações de dinheiro. Como resultado, os usuários dessas contas não deixavam rastros, facilitando a lavagem de dinheiro. Tais contas eram amplamente usadas por facções criminosas e empresas endividadas para ocultar transações ilegais.

Além das contas clandestinas, os suspeitos utilizavam máquinas de cartão de crédito registradas em nome de empresas de fachada, o que permitia o pagamento de atividades ilícitas de forma oculta e a lavagem de dinheiro sem levantar suspeitas.

A PF conseguiu identificar gradualmente os criminosos envolvidos, que atuavam nos setores logístico, financeiro e operacional do esquema. Além dos mandados de prisão e busca, a Justiça determinou a suspensão das atividades de dois advogados, quatro contadores e cerca de 194 empresas que mantinham vínculos com a quadrilha. Essas empresas eram usadas para disfarçar as transações ilegais. Também foi determinado o bloqueio de R$ 850 milhões em contas associadas ao grupo.

Entre os alvos das buscas estão instituições administradoras de cartões de crédito ligadas à quadrilha e as sedes dos bancos digitais envolvidos. Os investigados poderão responder por crimes como gestão fraudulenta de instituição financeira, operação de instituição financeira não autorizada, evasão de divisas, lavagem de dinheiro, crimes contra a ordem tributária e organização criminosa.

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