No último domingo (11), um morador do Ramal do 15, em Sena Madureira, identificado como Raimundo, fez um suposto flagrante que gerou revolta entre os residentes da comunidade. Segundo Raimundo, máquinas e caçambas da Prefeitura Municipal foram vistas realizando serviços particulares nas terras do prefeito Mazinho Serafim, em uma plantação de café localizada na região conhecida como Quatro Bocas. O episódio gerou indignação, uma vez que o ramal que dá acesso ao rio permanece intransitável, causando transtornos para a comunidade local.
De acordo com o morador, a máquina pública estava sendo utilizada para puxar material, como barro e areia, para a propriedade do prefeito. Enquanto isso, o ramal que serve a população local, especialmente idosos e estudantes que dependem do transporte escolar, não recebeu sequer um reparo este ano. “O carro dos alunos, o maior sofrimento. Lá tem gente idosa, de cadeira de roda, que precisa se locomover, mas não tem como, porque o ramal não tá dando acesso de jeito nenhum, porque o prefeito não mandou as máquinas pra lá”, desabafou Raimundo.
A situação é ainda mais alarmante diante das informações obtidas pelo morador. Segundo ele, funcionários da garagem municipal confirmaram que não há previsão de envio de máquinas para realizar a manutenção necessária no ramal do 15. A prioridade, aparentemente, tem sido dada aos interesses particulares do prefeito, deixando a comunidade à mercê de estradas intransitáveis e sem condições de uso.
Raimundo registrou a situação em vídeo, mostrando a máquina quebrada na subida do ramal, enquanto um mecânico tentava realizar reparos. Ele fez questão de enfatizar que se trata de uma máquina da prefeitura, reafirmando que as evidências podem ser verificadas no local. “Pode ir lá, que ela está na subida lá dele do ramal do 15, quebrada e o mecânico consertando. Eu digo e provo, que é da prefeitura”, declarou o morador, indignado com o descaso.
Este flagrante revela um problema grave em Sena Madureira: a utilização de recursos públicos para fins privados, especialmente quando isso ocorre em detrimento das necessidades básicas da população. A prática, se confirmada, constitui um abuso de poder e desvio de função dos equipamentos públicos, que deveriam servir à coletividade, e não a interesses particulares. A comunidade agora espera uma resposta das autoridades e a devida apuração dos fatos para que sejam tomadas as medidas necessárias.
O espaço fica aberto caso a prefeitura queira se manifestar sobre o caso e dá sua versão.