Um boletim de ocorrência que deu início à investigação sobre o possível envolvimento do promotor Tales Fonseca Tranin com uma organização criminosa revela que o carro dele foi utilizado em uma tentativa de roubo na Rua Rio de Janeiro, no bairro Dom Giocondo, na Galeria Bessa, em Rio Branco. A defesa do promotor informou nesta sexta-feira (13) que uma coletiva de imprensa será realizada para esclarecer os fatos.
Na última quinta-feira (12), o Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC) autorizou o Ministério Público Estadual (MP-AC) a abrir uma investigação para apurar a conduta de Tranin.
De acordo com o boletim de ocorrência, uma pessoa acionou a polícia relatando que dois homens, armados, tentaram cometer um roubo na área. Os suspeitos fugiram em direção ao cemitério, localizado na Rua São Paulo, no bairro Mascarenhas de Morais.
Durante patrulhamento na Rua Osvaldo Pires, no bairro Conquista, os policiais foram informados sobre a tentativa de roubo e, ao verificarem a placa fornecida pela vítima, descobriram que o veículo pertencia ao promotor Tales Fonseca Tranin.
Preocupados com a possibilidade de o promotor estar sendo mantido refém, os policiais foram até a residência de Tranin para verificar sua segurança. Ao chegarem ao local, foram recebidos pelo próprio promotor, que informou que estava tudo bem e que não havia saído de casa naquela tarde. Tranin agradeceu a presença dos policiais, que continuaram o patrulhamento.
O boletim não traz mais detalhes sobre o caso. O MP-AC se recusou a comentar, afirmando que o processo segue em segredo de justiça.
A defesa do promotor divulgou uma nota, na quinta-feira (12), declarando que apoia qualquer investigação que vise esclarecer os fatos, desde que seja conduzida com imparcialidade e baseada em evidências concretas.