9 outubro 2024

Pesquisador do Acre inova com vatapá e buriti em pó após sucesso do tacacá instantâneo

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O pesquisador acreano Daniel Alves Filho, doutor em Biodiversidade e Biotecnologia da Amazônia, conhecido por criar o tacacá em pó em 2021, agora traz novas inovações. Durante a Expoacre 2024, ele apresentou dois novos produtos: vatapá e buriti em pó, ambos utilizando a mesma técnica de desidratação que tornou o tacacá instantâneo um sucesso.

De volta ao Acre após passar um período no Japão, Daniel Alves explicou que o objetivo é expandir seu negócio e popularizar esses produtos típicos da Amazônia. A técnica desenvolvida transforma o vatapá em uma receita instantânea, bastando adicionar água para consumi-lo. Já o buriti em pó é um suplemento desidratado feito a partir da polpa da fruta, podendo ser usado em sucos, vitaminas, sobremesas e até farofas.

“São produtos 100% naturais e saudáveis, que passam por um processo de desidratação com ventilação e calor, acelerando a secagem. Estamos utilizando equipamentos profissionais para garantir a qualidade dos alimentos”, disse Daniel.

Ele fundou a empresa Alimentos Instantâneos da Amazônia (AIA) e planeja ficar pelo menos dois anos no estado para consolidar os negócios e buscar investidores, com a meta de levar esses produtos para o mercado internacional. Daniel também busca apoio do Sebrae e da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) para concretizar seus planos.

“Quero trabalhar com ingredientes originais, mais saborosos, e exportar o produto pronto. No Japão, os ingredientes eram importados da China, o que alterava o sabor. Agora, com os ingredientes locais, o tacacá fica igual ao original”, ressaltou o pesquisador.

O tacacá em pó é vendido a R$ 20, suficiente para uma cuia grande, contendo jambu, tucupi, goma e camarão. Já o vatapá em pó custa R$ 10, servindo duas pessoas. Daniel acredita que seus produtos podem popularizar a culinária amazônica globalmente.

“O mundo inteiro vai conhecer o tacacá, o vatapá e outros produtos da Amazônia. Estamos prontos para levar essa culinária ao mundo de forma prática e tecnológica”, celebrou o pesquisador.

Via G1 Acre.

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