23 novembro 2024

Acreanos enfrentam aumento no endividamento, com 76,1% das famílias endividadas em setembro

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Uma pesquisa recente da Confederação Nacional do Comércio (CNC) sobre o endividamento e a inadimplência do consumidor indica que, embora o nível de endividamento tenha diminuído em setembro em comparação ao mês anterior e seja o mais baixo desde dezembro de 2023, os acreanos estão enfrentando desafios financeiros.

Em setembro, 77,2% das famílias brasileiras relataram ter dívidas, com 29% delas em atraso e 12,4% sem condições de quitar suas obrigações financeiras no vencimento, passando a ser considerados inadimplentes.

José Roberto Tadros, presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, alerta sobre a crescente dependência das famílias em relação ao cartão de crédito, especialmente para despesas cotidianas como alimentação e vestuário. Essa situação pode torná-las vulneráveis devido aos altos juros, aumentando o risco de inadimplência, mesmo com a redução do endividamento total. Ele também destacou que o crédito é fundamental para impulsionar o varejo, mas o aumento da taxa Selic tem dificultado o acesso tanto para consumidores quanto para empresas, o que pode impactar negativamente a economia nacional.

No Acre, segundo Egídio Garó, assessor institucional da Fecomércio Acre, 76,1% das famílias estão endividadas, totalizando cerca de 88.897 famílias. Destas, 49.982 afirmam ter compromissos financeiros em atraso, e 19.399 relatam não ter condições de quitar suas dívidas.

Em âmbito nacional, o cartão de crédito é o principal meio de pagamento, utilizado por 30% das famílias para despesas com alimentação, roupas e calçados. O cheque pré-datado, por sua vez, não é amplamente utilizado. A redução do uso do cartão de crédito entre as famílias brasileiras foi modesta devido ao aumento contínuo das taxas de juros.

Garó ressaltou que, no caso das famílias acreanas, a dependência do cartão de crédito como principal meio de pagamento está exacerbando os gastos e contribuindo para a inadimplência. Ele enfatizou a importância de observar esses indicadores para que os empresários do comércio de bens, serviços e turismo na região possam ajustar suas ofertas de produtos e serviços ao perfil de consumo das famílias acreanas, contribuindo assim para a redução da inadimplência.

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