23 novembro 2024

Corpo de Bombeiros inicia buscas por vítima de triplo homicídio no rio Juruá

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O Corpo de Bombeiros de Cruzeiro do Sul começou, nesta quinta-feira (24), as buscas pelo corpo de Pedro Calvacante da Silva, uma das vítimas do triplo homicídio ocorrido na segunda-feira (21). As operações estão sendo realizadas no rio Juruá, na comunidade Ouro Preto, situada a 15 quilômetros de Cruzeiro do Sul, entre Ipixuna e Guajará, no Amazonas.

Pedro foi morto por Mateus Fernandes Soares, de 26 anos, que também assassinou Miguel Calvacante da Silva, de 53 anos, e Adair José da Silva, de 45 anos, ambos de Guajará. Segundo o autor do crime, Pedro foi atingido por um disparo de arma de fogo e caiu na água, desaparecendo em seguida.

A operação é liderada pelo Tenente Antônio Souza de França e conta com uma equipe especializada de quatro mergulhadores, que chegaram à região em uma voadeira equipada para a missão, ativada após informações da delegacia de Guajará sobre o ocorrido.

“A nossa equipe inicia os mergulhos submersos hoje, realizando uma varredura no local indicado pela delegacia do Guajará”, explicou o Tenente França. As buscas começaram na terça-feira e estão programadas para durar três dias, com dois dias dedicados a mergulhos e um terceiro dia para busca superficial. “Nosso barco descerá e subirá pelo rio, observando qualquer movimento na água que possa indicar a presença do corpo.”

De acordo com o Tenente, a região onde estão ocorrendo as buscas é distante e situada na divisa entre os municípios de Guajará e Ipixuna. A complexidade da busca se deve às características do local e à forte correnteza do rio. “Utilizamos uma técnica de varredura em zig-zag, com nossos mergulhadores presos a uma poita para evitar que a correnteza os arraste”, detalhou.

A equipe está equipada com materiais de mergulho, como escuba e narguilê, adaptando-se às condições de profundidade e segurança do local. Caso o corpo não seja encontrado durante os mergulhos, a expectativa é que ele possa emergir em até 48 horas, a menos que fique preso em balseiros ou seja consumido pela fauna local.

“Com nossa experiência, sabemos que o corpo tende a boiar após dois dias, mas essa situação pode variar, especialmente devido à presença de peixes que se alimentam de tecidos”, alertou o Tenente.

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