O Ministério Público do Chile confirmou, nesta terça-feira (22), o recebimento de uma segunda denúncia de abuso sexual contra o ex-jogador Jorge Valdivia, ídolo do Palmeiras. A nova acusação foi apresentada à Procuradoria Metropolitana do Leste, que já havia decretado a prisão preventiva do ex-atleta. Valdivia está detido no Centro de Detenção de Rancagua.
A primeira denúncia foi registrada na segunda-feira (21), quando uma mulher compareceu ao Serviço Médico Legal (SML) em Independência, Chile, para acusar o ex-jogador de estupro. Segundo o relato da vítima, o incidente teria ocorrido no domingo anterior, após um encontro em um restaurante no bairro de Providencia, em Santiago.
De acordo com a denúncia, o encontro teria sido marcado para discutir o desenho de uma tatuagem que Valdivia planejava fazer. Ambos consumiram dois pisco sours durante a reunião. Posteriormente, seguiram para a residência da mulher, onde ela afirma não se lembrar de mais nada a partir daquele ponto.
A defesa de Jorge Valdivia argumenta que o encontro resultou em “relações sexuais consensuais”, alegando que a interação ocorreu após um convite da própria denunciante. A advogada de defesa, Erika Maira, também destacou a presença de uma testemunha chave no caso – o ex-companheiro da vítima –, que teria visto Valdivia no apartamento da mulher.
A prisão preventiva de Valdivia foi determinada pelo Ministério Público, que o considerou “um perigo para a segurança da vítima”. A promotora Andrea Contreras, da Promotoria de Flagrante Oriental, afirmou que a detenção é necessária para garantir a segurança tanto da sociedade quanto da vítima.
O Ministério Público decidiu não divulgar mais detalhes sobre a nova acusação para proteger a identidade da vítima. Este caso se soma a outros envolvendo jogadores de renome acusados de abuso sexual, como Robinho e Daniel Alves.