Há cinco anos, o Acre, por meio da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), deu mais um passo na luta contra a criminalidade transfronteiriça com a criação do Grupo Especial de Operações em Fronteiras (Gefron/AC). Essa força-tarefa surgiu como uma resposta estratégica aos desafios impostos pela geografia do estado, que faz fronteira com países como Bolívia e Peru, regiões conhecidas por atividades ilícitas, incluindo contrabando, tráfico de entorpecentes e tráfico de pessoas.
Para o secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, José Américo Gaia, os desafios são grandes e a vigilância precisa ser constante. “A geografia do nosso estado, com suas extensas fronteiras e rotas de tráfico, demanda uma vigilância contínua e uma atuação cada vez mais integrada. Por isso, reafirmamos nosso compromisso em fortalecer as parcerias, tanto no âmbito interno quanto com as forças de segurança de outros estados e países, para que possamos enfrentar juntos essas adversidades, e o Gefron tem esse papel fundamental nas fronteiras do Acre”, disse.
Nos cinco anos de atuação, o grupo se consolidou e as operações realizadas têm sido intensificadas, resultando em um impacto na redução da criminalidade e na proteção das comunidades locais. “O Gefron foi a primeira proposta na área de segurança pública que foi implementada pela atual gestão, e atuamos em operações de fronteira, combatendo os crimes transfronteiriços que envolvem contrabando, tráfico de entorpecentes, tráfico de pessoas. Temos, durante esses cinco anos, apreensões significativas e de grandes ações de prevenção e de combate à criminalidade no estado do Acre”, disse o coordenador do Gefron, Assis dos Santos.
Ações e Resultados
Desde sua criação, o Gefron tem se destacado em diversas operações que visam combater não apenas os crimes fronteiriços, mas também a prevenção de atividades criminosas em toda a região. O grupo tem sido responsável pela apreensão de grandes quantidades de drogas que tentavam cruzar a fronteira. A atuação estratégica e o trabalho de inteligência foram cruciais para interceptar carregamentos de substâncias ilícitas, que impactam diretamente a segurança e a saúde pública.
Além disso, o contrabando de mercadorias, que muitas vezes prejudica a economia local e promove a concorrência desleal, também está no foco das operações. O grupo tem realizado diversas apreensões de produtos contrabandeados, reforçando o controle nas fronteiras.
Outra atuação da equipe é o combate ao tráfico de pessoas, além de atuar para identificar e resgatar vítimas e desmantelar redes criminosas.
De 2019 até setembro de 2024 foram apreendidos/recuperados 180 veículos, 1.392 munições, 171 armas de fogo, 4.504,09kg de drogas, 387 pneus apreendidos, 229.613 maços de cigarros, 853 prisões/conduções, além de 181 ocorrências de tráfico de drogas, 54 de contrabando, 118 de descaminho, apreensão de R$ 1.481.600, totalizando 609 ocorrências e R$ 85.400.200,45 de prejuízo ao crime.
Desafios
Apesar dos avanços significativos, a geografia do Acre, com suas extensas florestas e rios, dificulta a fiscalização e o controle. No entanto, o comprometimento dos profissionais do Gefron e o apoio contínuo do governo estadual têm auxiliado no sucesso das operações.
“Com a continuidade das políticas públicas voltadas para a segurança e a firmeza nas operações, nós pretendemos expandir a atuação e aprimorar as técnicas de combate ao crime. A colaboração com forças de segurança de outros estados e países, bem como com a comunidade, é fundamental para fortalecer ainda mais a segurança nas fronteiras do Acre”, disse o secretário de segurança.
Os cinco anos de atuação do Grupo Especial de Operações em Fronteiras representam um marco na luta contra a criminalidade transfronteiriça.
“Com um trabalho árduo e comprometido, o grupo tem mostrado que é possível fazer a diferença na segurança pública, protegendo a população e promovendo um futuro mais seguro para todos. Com estratégias adequadas e colaboração, é possível enfrentar os desafios impostos pela criminalidade e garantir a paz nas fronteiras do estado”, destacou Gaia.
Via Seom