24 novembro 2024

Operação Ghost Mask: Polícia Federal investiga fraude em licitação de máscaras cirúrgicas no Acre

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A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira, 1º de outubro, a Operação Ghost Mask, que investiga fraude em um processo licitatório para a compra de 500 mil máscaras cirúrgicas descartáveis destinadas ao combate à COVID-19, no âmbito da Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre).

As investigações apontam um esquema envolvendo empresários e servidores públicos estaduais, que teriam combinado preços para direcionar ilegalmente a licitação à empresa vencedora. O grupo teria fraudado o caráter competitivo da licitação, configurando crime de corrupção. Além disso, há indícios de que os envolvidos realizaram operações para disfarçar a origem ilícita dos recursos obtidos, o que também caracteriza lavagem de dinheiro.

Outra suspeita levantada pela investigação é que a maior parte das 500 mil máscaras adquiridas e pagas pelo Estado do Acre não foi entregue. Caso confirmado, o prejuízo aos cofres públicos pode ultrapassar R$ 2 milhões em valores atuais.

Foram cumpridos seis mandados judiciais expedidos pela 3ª Vara Federal Cível e Criminal da Justiça Federal, com ações realizadas em Rio Branco (AC), Manaus (AM) e São Paulo (SP). Em Manaus, a empresa SUDU Inteligência Educacional Ltda., contratada pela Sesacre para fornecer as máscaras, também foi alvo da operação.

### Nota oficial do governo do Acre

O governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), informou estar ciente da Operação Ghost Mask e afirmou que está à disposição para colaborar com as investigações. Segundo a nota, em setembro de 2023 e em 30 de agosto de 2024, a Polícia Federal solicitou documentos relacionados à licitação, como notas de entrega e fiscais, que foram devidamente entregues às autoridades.

O secretário de Estado de Saúde, Pedro Pascoal, reforçou o compromisso do governo com a transparência no uso de recursos públicos e destacou a importância das aquisições realizadas durante a pandemia para salvar vidas. O governo reafirma sua disposição em fornecer quaisquer esclarecimentos necessários às investigações.

Pedro Pascoal
Secretário de Estado de Saúde

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