Uma bebê indígena de apenas um ano, da etnia Ashaninka, precisou ser levada de Marechal Thaumaturgo a Cruzeiro do Sul após engolir uma bateria de brinquedo. O caso ocorreu dois dias antes de sua chegada ao hospital, e o cirurgião geral Marlon Holanda, que atua na cidade, realizou o procedimento de remoção e fez um alerta aos pais sobre os riscos.
Segundo o médico, a mãe da criança inicialmente hesitou em buscar atendimento, por não falar português com fluência, mas foi convencida a procurar ajuda. Uma radiografia identificou que o objeto ingerido era uma bateria, que deve ser retirada em até duas horas após a ingestão para evitar sérias complicações.
“A bateria é extremamente perigosa, porque pode se romper e liberar elementos químicos que causam graves lesões internas. Nós a removemos no domingo pela manhã. Havia lesões severas na mucosa do esôfago, mas, felizmente, ainda não houve perfuração”, explicou o médico.
A bebê será transferida para Rio Branco, onde continuará o tratamento sob os cuidados de uma cirurgiã pediátrica. Além disso, uma tomografia será realizada para avaliar possíveis riscos de perfuração no esôfago.
Dr. Marlon Holanda aproveitou para alertar os pais sobre a importância de manter brinquedos pequenos, especialmente aqueles com baterias ou pilhas, fora do alcance de crianças.
“Brinquedos com baterias são extremamente perigosos. Caso haja suspeita de ingestão, com sintomas como dificuldade de respirar, é fundamental levar a criança ao centro de saúde mais próximo imediatamente”, reforçou o médico.