O governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) e do Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac), em parceria com a Universidade Federal do Acre (Ufac), divulgou nesta quinta-feira, 21, a conclusão da análise técnica sobre a mortandade de peixes ocorrida entre 4 e 6 de outubro no Rio Acre, em Rio Branco.
A investigação, conduzida por técnicos do Imac, Sema, Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semeia) e Defesa Civil Municipal, percorreu um trecho de 27,5 km do rio, do Bairro da Base ao Quixadá, na zona rural. As amostras coletadas indicaram que a causa provável foi a baixa concentração de oxigênio dissolvido na água, registrada em níveis inferiores aos aceitáveis, mesmo cinco dias após o evento.
Fatores agravantes
A nota técnica apontou que a baixa oxigenação foi potencializada por diversos fatores:
- Altas temperaturas e baixa coluna d’água: Durante o período, o nível do rio estava abaixo da mínima histórica, e a temperatura máxima chegou a 38,9ºC, aumentando a demanda metabólica de oxigênio pelos peixes.
- Carreamento de poluentes: Detritos acumulados em igarapés durante a estiagem foram transportados para o rio após as primeiras chuvas.
- Partículas suspensas: A recirculação de material do fundo do rio para camadas superiores dificultou a respiração dos peixes, ao obstruir suas vias branquiais.
Limitações da análise
A demora no acionamento dos órgãos competentes dificultou uma avaliação mais detalhada, já que o tempo prejudicou a preservação de vestígios. Além disso, a ausência de laboratórios capacitados no estado e as restrições para envio de amostras a outros locais limitaram a abrangência dos estudos.