Na manhã desta terça-feira (5/11), a Polícia Federal (PF) executou cinco mandados de busca e apreensão, emitidos pelo Juízo da 7ª Vara Federal de Manaus, com o objetivo de combater o desmatamento ilegal na operação denominada Terra Justa. As ações foram realizadas nos estados do Amazonas e do Pará e incluíram também sete ordens judiciais de sequestro de bens e bloqueio patrimonial, totalizando valores superiores a R$ 78 milhões, visando a recuperação das áreas degradadas.
Foram cumpridos quatro mandados em imóveis de investigados em Manaus e um em Novo Progresso, no Pará. Um dos alvos já havia sido preso em 2021 por comércio ilegal de diamantes e havia sido alvo de outras operações da PF.
As investigações revelaram que um grupo criminoso promoveu e financiou o desmatamento de cerca de cinco mil hectares por meio de queimadas, causando danos significativos ao meio ambiente. Segundo laudo pericial da PF, o objetivo era a produção de gado. O grupo investigado também movimentava grandes quantias de dinheiro através de pessoas jurídicas, relacionadas ao comércio ilegal de minérios, que são bens da União.
A investigação teve início a partir de informações da polícia judiciária. O cruzamento de dados sobre focos de queimada levou à identificação de três polígonos com incêndios de grandes proporções, incluindo um imóvel localizado no município de Apuí/AM, que estava envolvido em diversas fraudes documentais.
Estão sendo apurados crimes de incêndio florestal, lavagem de dinheiro, invasão de terras da União e falsidade ideológica, com penas que podem chegar a 26 anos de prisão.