O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, defendeu a prisão de quatro militares sob a suspeita de tramar um golpe de Estado. O chefe da PF diz que, sem a prisão preventiva, não se podia descartar novas tentativas de matar o presidente Lula.
“Com certeza a contemporaneidade das ações e a gravidade do que estava sendo apurado somado à contemporaneidade da movimentação das pessoas” justificaram a prisão dos militares, disse Rodrigues na quarta-feira (4).
“Vamos lá, pessoal, eles planejaram matar uma autoridade que estava num evento [a cúpula do G20, nos dias 18 e 19 de novembro no Rio] para onde essas pessoas estavam indo. Então, há vários elementos aí, e isso aponta tecnicamente a necessidade da prisão”, disse.
No dia 19 de novembro, a PF prendeu preventivamente quatro militares das Forças Especiais, os chamados “kids pretos” (Mário Fernandes, Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra de Azevedo), e o policial federal Wladimir Matos Soares — que responderá a um processo disciplinar na corporação, segundo Andrei.