3 janeiro 2025

Site diz que secretário de Finanças pagou a si mesmo mais de R$ 50 mil em rescisão antes de deixar o cargo, mas o mesmo refuta informação

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O secretário de Finanças de Sena Madureira se tornou o centro de uma polêmica após uma matéria publicada pelo site 3 de Julho Notícias, que o acusava de autorizar o pagamento de sua própria rescisão no valor de mais de R$ 50 mil nos últimos dias de gestão. Contudo, o secretário, Getulião Saraiva, emitiu uma nota de esclarecimento, refutando as informações publicadas e trazendo detalhes sobre o ocorrido.

A matéria original gerou grande repercussão entre a população e servidores locais, principalmente devido ao contexto de dificuldades financeiras enfrentadas pela prefeitura. Moradores expressaram insatisfação, ressaltando que o pagamento foi inoportuno diante de atrasos salariais e dívidas com fornecedores.

Um servidor municipal, que preferiu não se identificar, afirmou: “Se ele tinha direito ou não, o problema é o momento em que isso foi feito. Não há dinheiro para outras prioridades e isso revolta.”

Em sua nota, Getulião Saraiva classificou a matéria como “equivocada e injuriosa”. Segundo ele, o pagamento da rescisão foi feito em junho de 2024, quando já havia deixado o cargo de secretário de Finanças para cumprir exigências legais como pré-candidato a vice-prefeito. Ele explicou que a indenização por tempo de serviço foi paga pela nova secretária da pasta, em conformidade com a lei.

“Ressalto que tal pagamento não ocorreu ‘no apagar das luzes’, como erroneamente foi divulgado, mas sim de acordo com o que é assegurado por lei”, pontuou o secretário. Ele também afirmou que o pagamento não interferiu na quitação de salários ou débitos da administração pública.

A polêmica acontece em um momento sensível de transição de governo. O prefeito eleito, que assumirá em 1º de janeiro, já anunciou que irá investigar pagamentos realizados no final da atual gestão. A Câmara Municipal também promete apurar as acusações.

Juristas afirmam que o caso reforça a importância de transparência e controle nas contas públicas. “Ainda que legal, o pagamento precisa ser compreendido no contexto de suas implicações morais e sociais”, destacou um especialista em direito administrativo.

O caso ilustra o quanto questões administrativas podem se tornar alvo de intensas discussões públicas, especialmente em períodos de transição de gestão. A refutação de Getulião Saraiva abre espaço para novas análises e levanta o questionamento: até que ponto as informações veiculadas foram apuradas com a devida responsabilidade? A expectativa agora recai sobre as ações do novo governo e dos órgãos de fiscalização, que prometem trazer clareza aos fatos.

 

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