O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), responsável pela ponte que desabou entre os estados do Tocantins e Maranhão, enfrenta a paralisação de 108 obras em todo o Brasil, conforme dados do Tribunal de Contas da União (TCU). As obras paralisadas incluem serviços de recuperação, manutenção e conservação de rodovias federais e pontes, com investimentos previstos de R$ 3,7 bilhões.
Atualmente, o Dnit tem 973 obras em execução, um número inferior ao dos anos anteriores, quando havia 1.551 projetos em andamento. Em 2023, o total de obras paralisadas caiu de 250 para 108, mas o número de projetos suspensos ainda é significativo em relação às obras em andamento.
Entre os projetos paralisados, está a Ponte Juscelino Kubitschek, que desabou no último domingo (22), ligando Aguiarnópolis (TO) a Estreito (MA). O desabamento resultou na morte de pelo menos nove pessoas e deixou oito desaparecidos. Os corpos de duas vítimas foram encontrados a cerca de 35 metros de profundidade na última quinta-feira (26).
O Dnit já havia identificado problemas estruturais na ponte, incluindo fissuras nos pilares e sinais de desgaste, como armaduras expostas e corroídas. Um relatório de 2020 destacou “vibrações excessivas” e desgaste visual em diversas partes da estrutura. No entanto, o Dnit ainda não se pronunciou sobre a quantidade exata de obras paralisadas ou sobre as ações corretivas em andamento.
A queda da ponte destaca a necessidade urgente de investimentos e manutenção nas infraestruturas do país, que ainda enfrentam desafios com a execução de obras essenciais.