Faltando pouco mais de duas semanas para o término da gestão Mazinho Serafim em Sena Madureira, surge uma notícia que chama a atenção: Segundo o site oestadoacre, a liberação de R$ 4 milhões em recursos por meio do que vem sendo chamado de “emendas PIX”. A população se pergunta: para onde irão essas verbas liberadas de última hora?
O volume de dinheiro é significativo, especialmente considerando as condições em que a cidade se encontra. Em meio a um caos urbano, ruas deterioradas e serviços básicos deficitários, o repasse dos recursos levanta suspeitas sobre sua destinação. Essa transação relâmpago é vista por muitos como um movimento estratégico para aproveitar o fim do mandato e criar uma narrativa de “compromisso” com o município, sem esclarecer como esses milhões realmente serão aplicados.
O grande problema é a ausência de informações claras. Até o momento, a Prefeitura não detalhou quais áreas serão priorizadas com os R$ 4 milhões. Não há planejamento público, nem consultas à comunidade ou ao Legislativo para garantir que os recursos atendam às reais demandas da população.
“Como acreditar que esses milhões vão resolver problemas estruturais que não foram enfrentados em oito anos de mandato?”, questiona um morador. A dúvida se torna ainda mais legítima quando se observa o histórico de promessas não cumpridas e obras inacabadas da atual administração.
A desconfiança popular também recai sobre o tempo do repasse: por que só agora, “aos 45 minutos do segundo tempo”, a Prefeitura conseguiu acesso a essas verbas? E mais: quem serão os principais beneficiados? Alguns críticos apontam para a possibilidade de contratos e pagamentos emergenciais que privilegiem aliados da gestão Mazinho Serafim, deixando um legado controverso para a administração seguinte.
Em tese, recursos desse porte deveriam ser aplicados em áreas de maior vulnerabilidade, como saneamento básico, pavimentação e melhorias na saúde pública. Contudo, sem garantias de fiscalização, cresce o medo de que os R$ 4 milhões sejam pulverizados em obras superficiais ou até em interesses privados.
A futura gestão de Gerlen Diniz herda um grande desafio: além de resolver os problemas acumulados, precisará responder pela aplicação desse dinheiro liberado às pressas. Cabe ao novo prefeito investigar e trazer à tona como os recursos foram utilizados e, se necessário, responsabilizar a atual administração por qualquer irregularidade.
Os R$ 4 milhões poderiam ser a chave para transformar a realidade de Sena Madureira. No entanto, sem transparência e fiscalização, há o risco de que essa oportunidade se torne mais um exemplo de má gestão e desperdício, perpetuando o abandono que marcou os últimos anos. A população, atenta, espera respostas antes que o destino do dinheiro vire mais uma incógnita na história política da cidade.
