SENA MADUREIRA

Escândalo: Administração de Mazinho Serafim descontava Pensão Alimentícia, mas não repassava aos beneficiários, aponta levantamento

Um levantamento detalhado da nova equipe financeira da Prefeitura de Sena Madureira revelou uma prática alarmante durante a gestão de Mazinho Serafim. Os descontos referentes à pensão alimentícia dos servidores municipais eram realizados, mas segundo o levantamento, os valores não eram repassados aos beneficiários. Essa conduta coloca em risco não apenas a integridade financeira da administração pública, mas também a liberdade dos servidores envolvidos, já que o não pagamento da pensão alimentícia pode resultar em prisão, conforme previsto na legislação brasileira.

De acordo com o levantamento, o montante de pensão alimentícia em atraso totalizou R$ 18.581,04 apenas no mês de dezembro de 2024. Esse valor reflete a ausência de repasses regulares, expondo os servidores a sérias consequências jurídicas. Em casos de atraso, é o trabalhador que responde diretamente pelo débito, mesmo que o valor tenha sido descontado em folha.

Além disso, o levantamento identificou outros atrasos graves, como:

  • Folha de pagamento de dezembro (saúde e administração): R$ 481 mil.
  • Consignações com instituições financeiras: R$ 478 mil (Caixa Econômica Federal e Sicred).

Esses dados evidenciam uma gestão marcada pela falta de planejamento financeiro e pelo descumprimento de obrigações básicas.

O atraso nos repasses de pensão alimentícia gera não apenas prejuízo aos beneficiários, mas também expõe os servidores ao risco de prisão, já que a dívida é atribuída a eles perante a justiça. Além disso, configura uma falha administrativa grave, uma vez que o empregador tem a obrigação legal de repassar os valores descontados.

A nova administração, sob o comando do prefeito Gerlen Diniz, tem trabalhado para levantar todas as pendências e buscar soluções para regularizar a situação. Segundo fontes do setor financeiro, o objetivo é priorizar os repasses de maior impacto, como a pensão alimentícia e a folha de pagamento, ao mesmo tempo em que renegocia dívidas acumuladas pela gestão anterior.

“É inadmissível que práticas como essa tenham ocorrido. Estamos adotando medidas emergenciais para sanar essas pendências e assegurar que os servidores não sejam prejudicados ainda mais,” destacou um representante da nova equipe financeira.

Os oito anos de administração Mazinho Serafim deixaram um legado de dívidas que ultrapassam R$ 146 milhões. Além de atrasos em repasses, o levantamento revelou problemas como precatórios não pagos, dívidas com FGTS judicializadas e parcelamentos de impostos rescindidos por falta de pagamento.

Esse cenário exige esforço e comprometimento da nova gestão para reorganizar as finanças municipais e garantir que práticas como a retenção de pensão alimentícia sem repasse sejam extintas, devolvendo a confiança e a dignidade aos servidores e moradores de Sena Madureira.