Uma operação conduzida pela equipe do Grupo Especial de Fronteira (GEFRON), em parceria com a Secretaria de Justiça e Segurança Pública do Acre (SEJUSP-AC), resultou na apreensão de um caminhão transportando 500 sacos de castanha-do-pará in natura. A carga foi interceptada na rodovia AC-040, no município de Senador Guiomard, na última terça-feira (8).
De acordo com o Boletim de Ocorrência registrado pela Polícia Civil, o veículo vinha de Brasileia, na fronteira com a Bolívia, e tinha como destino a cidade de Sena Madureira, onde seria entregue em uma beneficiadora pertencente ao ex-prefeito Mazinho Serafim. Durante a abordagem, o motorista não apresentou qualquer documentação fiscal ou ambiental que autorizasse o transporte do produto. Ele também revelou que parte da carga era de origem boliviana e estava armazenada em território brasileiro antes do transporte.
O caminhão transportava os sacos de castanha acondicionados em recipientes de nylon azul, contendo, segundo o condutor, seis latas de castanha cada um. Estima-se que o valor de mercado de cada lata seja de R$ 100,00, o que indicaria um montante considerável envolvido na operação.
O motorista afirmou que o frete foi contratado por R$ 4 mil e que o veículo, adquirido recentemente, ainda não havia sido transferido para o seu nome. Apesar de colaborativo durante a abordagem, ele foi liberado após prestar esclarecimentos e será investigado em liberdade.
As autoridades apontam indícios de crimes ambientais, fiscais e de descaminho. A carga e o veículo foram apreendidos e encaminhados aos órgãos federais competentes para apuração de possíveis irregularidades, incluindo a origem e as condições sanitárias do produto.
O delegado responsável pelo caso, Rêmullo Cesar Pereira de Carvalho Diniz, destacou que a ausência de documentação impede a regularização imediata da carga, mas as investigações seguirão para identificar responsabilidades.
Mazinho Serafim, ex-prefeito de Sena Madureira, encerrou seu mandato em 2024, sendo amplamente criticado por sua gestão. A conexão de seu nome com a apreensão levanta questionamentos sobre possíveis práticas ilícitas ligadas a sua administração e negócios privados.
O caso segue sob investigação e promete trazer novos desdobramentos nos próximos dias.
