O homem de 24 anos suspeito de atacar uma servidora pública de 50 anos enquanto ela caminhava no Horto Florestal, em Rio Branco, foi liberado após uma audiência de custódia realizada no último domingo (12). A decisão foi proferida pela juíza Joelma Ribeiro Nogueira, da Vara Estadual do Juiz das Garantias da Comarca de Rio Branco, durante plantão judicial.
A magistrada determinou a liberdade provisória de Guilherme Silva da Cruz, além de solicitar investigação contra os policiais militares que o prenderam por um possível crime de tortura. Segundo o Termo de Audiência de Custódia, uma cópia dos autos foi encaminhada à Controladoria do Controle Externo do Ministério Público para apuração.
Durante a audiência, Guilherme afirmou que foi molestado pelos policiais, o que motivou o pedido de investigação. Ele foi preso em flagrante dentro de um centro espírita no bairro Tancredo Neves, logo após atacar a mulher. O Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC) informou que o caso segue na Vara de Garantias, que tem a finalidade de atuar na fase do inquérito policial e monitorar a legalidade das investigações criminais.
“Depois da denúncia formal, vai para distribuição para o juiz julgar”, esclareceu o TJ-AC.
No interrogatório, o suspeito afirmou que não se recorda do ocorrido. Ele já foi condenado anteriormente a 10 anos de prisão por estupro e assalto, incluindo um crime no Horto Florestal em 23 de novembro de 2021. Guilherme alegou que “acha que possa ter sido possuído” durante o ataque.
A polícia e a vítima classificaram o crime como tentativa de estupro, mas o Ministério Público considerou que se tratava apenas de lesão corporal, o que levou à decisão pela liberdade do suspeito. Mesmo monitorado eletronicamente, a Justiça optou por sua liberação, enquanto o caso segue sob investigação.