22 fevereiro 2025

Acre registra 400 km² de desmatamento ilegal em 2024, revela estudo

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O Acre registrou 400,10 km² de desmatamento ilegal em 2024, de acordo com um levantamento do Instituto Centro de Vida (ICV). Enquanto apenas 8,90 km² de florestas foram desmatados com autorização, a maior parte da supressão ocorreu de forma irregular, consolidando o estado entre os mais impactados pelo desmate na Amazônia.

Embora nenhum município acreano esteja entre os que mais desmatam na região, o estado sofre os efeitos da degradação ambiental em áreas vizinhas. Lábrea, no Amazonas, figura na quinta posição entre as cidades com maior índice de desmatamento, enquanto Porto Velho (RO), Apuí (AM) e Novo Aripuanã (AM) também registram taxas elevadas. Novo Aripuanã, inclusive, lidera o ranking nacional de desmatamento não autorizado, com 163 km² de vegetação devastada sem permissão.

O estudo do ICV avaliou a legalidade do desmatamento nos biomas Amazônia e Cerrado, revelando que a maior parte da devastação ocorre de maneira irregular. Na Amazônia, 90,8% do desmatamento registrado em 2024 não teve autorização, enquanto no Cerrado o índice foi de 51,1%.

A destruição descontrolada das florestas impacta diretamente a biodiversidade, o equilíbrio climático e as comunidades tradicionais que dependem desses ecossistemas. Além da perda de vegetação nativa, o avanço do desmatamento está associado a práticas ilegais como grilagem de terras, exploração madeireira clandestina e conversão de áreas florestais em pastagens.

Outro efeito preocupante é a mudança no regime de chuvas, que pode intensificar secas e incêndios florestais. A falta de fiscalização e de recursos para coibir crimes ambientais facilita o avanço das atividades ilegais, comprometendo os esforços de conservação e ameaçando o futuro da Amazônia.

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