Justiça

Justiça do Acre nega liberdade a suspeito de estuprar babá em Rio Branco

A Justiça do Acre indeferiu, em caráter liminar, um pedido de liberdade para Rafael dos Santos Soares, de 26 anos, preso desde 26 de janeiro sob suspeita de abusar sexualmente da babá de seu filho de 2 anos no bairro Mocinha Magalhães, em Rio Branco.

A defesa de Soares argumentou que a Justiça ainda irá julgar o mérito do pedido e que, caso seja negado, a equipe jurídica recorrerá da decisão. Os advogados sustentam que não houve estupro, mas sim uma relação consensual, e alegam que o exame de corpo de delito não apontou sinais de violência sexual.

No entanto, a Justiça considerou os antecedentes criminais do suspeito, que já possui condenações por importunação sexual, roubo majorado e furto qualificado. Ele estava sendo monitorado por tornozeleira eletrônica no momento da prisão.

O Relato da vítima

A jovem, estudante de enfermagem e atendente de telemarketing, havia conseguido o emprego como babá para ajudar financeiramente a mãe. No segundo dia de trabalho, ao chegar à residência do patrão, ela relatou ter sido atacada e estuprada.

Além do abuso, a vítima afirmou ter sido agredida fisicamente, ameaçada com uma faca e enforcada até desmaiar. Após o agressor deixar o local, ela conseguiu chamar a mãe, que acionou a Polícia Militar. O suspeito foi preso em flagrante no bairro Estação Experimental e levado à Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam).

A mãe da jovem contou que, desde o primeiro dia de trabalho, a filha percebeu atitudes estranhas por parte do empregador, que fazia perguntas invasivas sobre sua vida pessoal. No dia 24 de janeiro, a esposa do suspeito pediu que a babá cuidasse da criança enquanto ia ao supermercado, momento em que o homem soube onde a jovem morava.

No dia do crime, a estudante saiu de casa apreensiva e relatou à mãe suas preocupações sobre o comportamento do patrão. Já na residência do casal, ela contou ter sido abordada com perguntas íntimas antes de ser atacada.

“Ele perguntou se ela o achava bonito e começou a assediá-la. Ele nem deveria estar lá, porque quando minha filha foi contratada, a esposa dele disse que ele passava o dia trabalhando como motorista de aplicativo”, relatou a mãe da vítima.

Denúncia e atendimento à vítima

Após o crime, a jovem conseguiu pedir socorro e foi levada para atendimento na Maternidade Bárbara Heliodora. O caso está sendo investigado e o suspeito segue preso preventivamente.

Mulheres vítimas de violência no Acre podem buscar ajuda pelos seguintes canais:

📞 Polícia Militar – 190 (em caso de risco imediato)
📞 Disque 100 – Denúncias anônimas de violações de direitos humanos
📞 WhatsApp da Polícia Militar do Acre:

  • (68) 99609-3901
  • (68) 99611-3224
  • (68) 99610-4372
  • (68) 99614-2935
    📞 Secretaria de Estado da Mulher (Semulher) – (68) 99930-0420
    📞 WhatsApp do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos – (61) 99656-5008

Denúncias também podem ser feitas em delegacias especializadas, unidades de saúde e pelo Ministério Público.

Com informações do G1 Acre.