Moradores de Cruzeiro do Sul, no interior do Acre, têm expressado descontentamento com a situação atual da cidade, que, segundo eles, passa por um período de abandono social e econômico. Antigamente conhecida como a “princesinha do Juruá”, a cidade estaria, agora, mergulhada em um cenário de descaso, sem o devido desenvolvimento ou fiscalização pública.
Relatos de moradores apontam que a falta de ação das autoridades tem levado ao crescimento de invasões e à deterioração do centro da cidade. “É como se vivêssemos sob a lei do silêncio, onde o que deveria ser um lugar de convivência está se tornando cada vez mais sombrio”, afirmam.
Entre as denúncias, alguns comerciantes de longa data apontam práticas ilegais, como a venda de terrenos públicos, cobranças de taxas indevidas e até mesmo a comercialização de ilícitos, prostituição e bebidas. O mais alarmante, segundo essas pessoas, seria a suposta participação de alguns servidores públicos em atividades ilícitas, com o consentimento de autoridades municipais, o que tem gerado grande indignação na comunidade.
Essas denúncias incluem o que muitos chamam de “grandes obras” da gestão municipal, com algumas pessoas se referindo a elas como “a nova lagoa”, ou até mesmo “banco do crime organizado”.
Diante desse quadro, surge uma pergunta: onde estão os vereadores, o Ministério Público, a Justiça do Estado e a Polícia Federal? Algumas das construções ilegais e as vendas de terrenos públicas têm gerado grande preocupação, especialmente considerando que já houve operações anteriores da Polícia Federal na região.
Os moradores agora se veem como “prisioneiros” de uma cidade que, para muitos, deveria ser um exemplo de progresso. Eles pedem que as autoridades competentes investiguem as denúncias e forneçam uma resposta clara à população de Cruzeiro do Sul. A esperança é de que ações concretas sejam tomadas para restaurar a dignidade e o bem-estar da cidade.
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