O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) apresentou uma denúncia formal contra sete indivíduos por envolvimento em crimes graves, incluindo homicídio qualificado, tentativa de homicídio e integração em organização criminosa. Os fatos ocorreram no dia 26 de julho de 2022, no bairro Segundo Distrito, em Sena Madureira.
Os denunciados Ecildo Nascimento de Lima, Eudinei Nascimento de Lima, Manoel Nazareno Araújo dos Santos (vulgo “Pitão”), Marizandro Gamas Negreiros, Pedro Lima de Lima, Raicad Figueiredo Melo e Willian Santos de Lima estão presos na Unidade Penitenciária Evaristo de Moraes. Segundo o MPAC, eles agiram em conluio com os adolescentes Kauã da Silva Rocha e Thaísa Barbosa Jaminawá para cometer os crimes.
Detalhes dos Crimes
1º Crime: Homicídio Qualificado
A investigação aponta que os denunciados, armados com armas de fogo e facas, atacaram e mataram Welison Coelho de Souza. A vítima foi baleada nas costas e posteriormente esfaqueada múltiplas vezes. O MPAC destaca que o crime foi cometido por motivo torpe, sob a suspeita de que a vítima pertencia à facção criminosa rival Bonde dos 13 (B13), e que o grupo usou recursos que impossibilitaram a defesa de Welison.
2º Crime: Tentativa de Homicídio
No mesmo episódio, o grupo também tentou assassinar Riquelme de Souza Oliveira, que foi atingido por disparos no rosto e nas costas. No entanto, a vítima conseguiu fugir, evitando a morte. O MPAC sustenta que a tentativa de homicídio foi motivada pela mesma razão do primeiro crime.
3º Crime: Formação de Organização Criminosa
Os denunciados e os adolescentes envolvidos no caso são apontados como integrantes da facção Comando Vermelho (CV). De acordo com as investigações, o grupo é altamente organizado e responsável por crimes como tráfico de drogas, homicídios e outros atos violentos.
4º Crime: Corrupção de menores
O MPAC também denuncia que os acusados envolveram os adolescentes Kauã e Thaísa nas ações criminosas, configurando corrupção de menores. Ambos participaram ativamente dos homicídios e tentativas, reforçando o caráter premeditado e estruturado do grupo.
O Ministério Público requer a prisão preventiva dos acusados e que todos sejam levados a julgamento pelo Tribunal do Júri. Além disso, a denúncia pede a fixação de um valor mínimo para a reparação dos danos causados às famílias das vítimas.
O caso agora segue para análise da Justiça, onde os acusados responderão pelos crimes cometidos, podendo receber penas severas caso sejam condenados.