
O advogado Carlos André Viana, responsável pela defesa de Danielle Buenaga de Azevedo, detida pela Guarda Municipal na noite de terça-feira (4), em pleno Carnaval na Marquês de Sapucaí, emitiu uma nota à imprensa sobre o ocorrido.
Segundo o advogado, as informações divulgadas, que apontam que Danielle teria mordido pessoas dentro de um camarote, são falsas. Viana afirmou que a acusada foi vítima de uma abordagem truculenta e sem respeito aos protocolos legais. Ele afirmou ainda que, apesar das lesões graves sofridas durante a abordagem, Danielle não teve acesso ao atendimento médico, sendo submetida a uma tomografia apenas após a detenção.
De acordo com o advogado, o incidente ocorreu durante uma tentativa de reentrada ao camarote, onde o sistema de bilhetagem apresentou um erro, negando o acesso de Danielle, que estava com a camisa oficial do evento. A Guarda Municipal, segundo Viana, teria agido de forma arbitrária, utilizando um golpe desproporcional conhecido como “mata-leão” e fazendo uso indiscriminado de algemas, o que foi amplamente divulgado nas redes sociais.
O advogado também destacou que a guarnição envolvida no caso faz parte do Grupamento “Maria da Penha”, cuja função é acolher mulheres vítimas de violência, mas, segundo ele, no caso de Danielle, houve revitimização. Além disso, Viana afirmou que o direito de contato com a defesa técnica foi negado, assim como o atendimento médico imediato e o acesso a serviços psicossociais.
Até o momento, não houve identificação das vítimas alegadas no incidente, e a defesa conclui que a situação foi uma tentativa de criar um fato para ocultar as ilegalidades cometidas durante a abordagem. Após o caso ser levado à Juíza plantonista, Danielle foi liberada imediatamente.
O advogado conclui que espera uma investigação séria sobre os fatos e a responsabilização dos envolvidos, buscando a absolvição de sua cliente por condutas que ele considera infundadas.
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