O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta segunda-feira (24) que já gastou cerca de R$ 8 milhões com advogados para se defender em processos na Justiça e voltou a pedir doações a seus apoiadores. A declaração foi feita durante um evento em que Bolsonaro reforçou o apelo por contribuições financeiras para cobrir suas despesas jurídicas.
Bolsonaro enfrenta uma série de investigações e processos que incluem suspeitas sobre sua atuação durante a pandemia, a tentativa de reverter o resultado das eleições de 2022 e o suposto envolvimento na venda de joias recebidas durante seu mandato. Desde que deixou a Presidência, ele tem reiterado que considera os processos como perseguições políticas e tem buscado apoio financeiro de sua base de eleitores.
A arrecadação de recursos tem sido feita por meio da chamada “vaquinha” virtual, que conta com a adesão de simpatizantes do ex-presidente. Segundo ele, as despesas com advogados já superaram a marca de R$ 8 milhões e devem continuar aumentando nos próximos meses. “A perseguição contra mim não tem limites. Preciso do apoio de vocês para continuar essa luta”, disse Bolsonaro em seu discurso.
Aliados do ex-presidente têm reforçado a narrativa de que Bolsonaro está sendo alvo de um cerco judicial e apontam a necessidade de mobilização da base bolsonarista para evitar que ele fique politicamente enfraquecido. A estratégia de pedir doações não é nova e já foi utilizada em outros momentos pelo ex-presidente e seus aliados, especialmente após a inelegibilidade de Bolsonaro decretada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2023.
A oposição critica a iniciativa, apontando que Bolsonaro e sua família possuem patrimônio suficiente para custear suas próprias despesas jurídicas. Além disso, adversários políticos argumentam que a busca por doações é uma forma de manter sua militância ativa e engajada, mesmo sem ocupar um cargo público.
Enquanto isso, os processos contra o ex-presidente seguem em andamento na Justiça, e o cenário político continua aquecido com as investigações sobre sua conduta à frente do país.
