
O julgamento dos sete profissionais de saúde envolvidos na morte de Diego Armando Maradona teve início nesta terça-feira (11) com fortes acusações do Ministério Público argentino. Durante a sessão, o promotor Patricio Ferrari exibiu uma foto do ex-jogador momentos após sua morte e afirmou que os réus participaram de um “assassinato”.
Os acusados, incluindo o neurocirurgião Leopoldo Luque, uma psiquiatra, um psicólogo, um médico clínico, além de enfermeiros e coordenadores de saúde, respondem por homicídio simples com dolo eventual. Uma oitava acusada será julgada separadamente em outro processo.
Maradona morreu em novembro de 2020, aos 60 anos, por insuficiência respiratória e parada cardíaca. No entanto, promotores alegam que ele foi vítima de “abandono e desamparo” por parte da equipe médica, que teria ignorado seu estado crítico e o deixado agonizar por 12 horas sem atendimento adequado.
Investigações apontam que a internação domiciliar do ex-jogador foi realizada sem estrutura necessária, contrariando as recomendações médicas para cuidados intensivos. Além disso, mensagens trocadas entre os profissionais revelam que a saúde de Maradona teria sido negligenciada em favor de interesses financeiros.
O julgamento, realizado no Tribunal de San Isidro, contará com o depoimento de 120 testemunhas e deve se estender até julho. Filhos e familiares de Maradona são parte da acusação e esperam que os responsáveis sejam punidos pelas falhas que, segundo os promotores, levaram à morte do ídolo argentino.
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