O governo federal anunciou um novo modelo de empréstimo consignado voltado para trabalhadores com carteira assinada (CLT). Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a medida tem como principal objetivo reduzir o endividamento das famílias brasileiras, oferecendo uma alternativa ao crédito pessoal, que tradicionalmente possui juros mais altos.
Haddad destacou que, diante do atual cenário de juros elevados, essa modalidade de crédito permitirá que os trabalhadores renegociem suas dívidas com taxas mais acessíveis.
— Como os juros estão altos, precisamos adotar medidas para proteger o trabalhador. O crédito pessoal sempre foi caro no Brasil, mesmo quando a taxa básica de juros era mais baixa. Agora, criamos uma alternativa que permitirá ao trabalhador acessar empréstimos com juros menores — afirmou o ministro em entrevista à Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
Combate ao superendividamento
O ministro reforçou que um dos principais objetivos da iniciativa é evitar o superendividamento das famílias. Ele orientou os trabalhadores que possuem dívidas no crédito pessoal a ficarem atentos às novas condições do consignado, que podem proporcionar maior equilíbrio financeiro.
— Essa medida é uma oportunidade para muitas pessoas saírem de situações complicadas e reorganizarem suas finanças — afirmou Haddad.
Crédito do Trabalhador entra em vigor nesta sexta-feira
O novo modelo de consignado, chamado de Crédito do Trabalhador, começa a valer nesta sexta-feira (21). Inicialmente, estará disponível apenas para novos contratos, e a implementação será feita por etapas.
- Para quem já tem um empréstimo consignado ativo, a migração para o novo modelo dentro da mesma instituição financeira poderá ser feita a partir de 25 de abril.
- A portabilidade entre bancos será permitida a partir de 6 de junho.
O Crédito do Trabalhador será oferecido a todos os empregados do setor privado com carteira assinada, proporcionando uma alternativa mais acessível ao crédito tradicional e ajudando a aliviar o endividamento das famílias.