6 dezembro 2025

Polícia Civil esclarece detalhes sobre a morte de Yara Paulino em coletiva de imprensa

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A Polícia Civil do Acre realizou, na manhã desta terça-feira (25), uma coletiva de imprensa para esclarecer detalhes sobre o assassinato de Yara Paulino da Silva, morta a pauladas na Cidade do Povo, em Rio Branco, na tarde de segunda-feira (24).

Inicialmente, circulou a informação de que o crime estaria relacionado ao desaparecimento do filho da vítima, ocorrido há cerca de três semanas. Boatos indicavam que Yara teria matado a própria criança, o que levou a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) a investigar a veracidade dessa acusação. Durante a perícia técnica, foi constatado que restos mortais encontrados na casa da vítima pertenciam a um animal, possivelmente um cachorro, e não a um ser humano.

A polícia também apurou que não há registros oficiais do desaparecimento da criança. Segundo o pai do bebê, que foi ouvido pela delegacia, a criança tem entre dois e três meses de vida, mas nunca foi registrada devido a problemas na documentação dos pais.

De acordo com relatos colhidos durante a investigação, o crime não foi um linchamento popular, mas sim uma execução realizada por integrantes de uma facção criminosa, como forma de “disciplina” contra a vítima. “A vítima fugiu da casa e foi capturada no meio da rua, onde ocorreu o espancamento”, detalhou a polícia.

A Delegacia de Homicídios segue ouvindo testemunhas e pede que qualquer pessoa que tenha registrado imagens do crime envie as gravações de forma anônima para contribuir com as investigações.

O delegado Alcino Júnior confirmou que a criança está viva, mas seu paradeiro ainda é desconhecido. “O pai da criança afirmou que o bebê teria sido raptado há cerca de três semanas, mas não há nenhum registro desse desaparecimento nas autoridades competentes”, explicou.

Além disso, a Polícia Civil já identificou alguns suspeitos envolvidos na morte de Yara Paulino, mas não revelou detalhes para não comprometer as investigações. O delegado Leonardo Ribeiro reforçou que o caso segue em sigilo e que medidas serão tomadas para capturar os responsáveis.

Apesar da atuação de facções criminosas na Cidade do Povo, a Polícia Civil negou que tenha perdido o controle da região. “Isso acontece em várias partes do país. Onde há facções, elas tentam impor poder sobre determinadas áreas”, afirmou Ribeiro.

Por fim, a Polícia Civil informou que o desaparecimento da criança será tratado como um caso separado, com investigações específicas para determinar seu paradeiro.

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