
A Polícia Penal do Acre realizou, na última semana, a 7ª fase da Operação Mute, ação de âmbito nacional coordenada pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen). A operação ocorreu simultaneamente em todos os estados do país e no Distrito Federal, com o objetivo de eliminar qualquer comunicação ilegal entre detentos e o mundo externo, desarticulando organizações criminosas dentro das unidades prisionais.
No Acre, a ação aconteceu na Divisão de Estabelecimento Penal de Recolhimento Provisório de Rio Branco, na Divisão de Estabelecimento Penal de Sena Madureira e no Núcleo de Custódia Especial (UP04). Durante as inspeções, foram apreendidos 65 celulares, 45 carregadores, 39 pacotes de tabaco, 1,45 kg de material com características de maconha, 10 g de substância similar à cocaína e três objetos perfurocortantes, configurando uma das maiores apreensões já registradas na operação.
Em coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira (25) na Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), o presidente do Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen), Marcos Frank Costa, destacou a importância da operação para o fortalecimento das ações de combate ao crime no sistema prisional.
“Tivemos a apreensão de 65 celulares, o que representa um grande êxito da operação. Nosso trabalho é fortalecer ainda mais essas ações, por meio da atuação firme da Polícia Penal”, afirmou.

A Polícia Civil assumirá as investigações sobre os ilícitos encontrados durante a operação. O delegado-geral do Acre, Henrique Maciel, ressaltou que a apreensão contribui para desmantelar atividades criminosas fora dos presídios.
“O material apreendido, especialmente os celulares, pode levar a novas investigações. Quando cortamos a comunicação entre os presos e o mundo externo, reduzimos significativamente os crimes cometidos fora das unidades prisionais”, explicou.
A Operação Mute contou com o apoio de diversas forças de segurança, incluindo a Polícia Penal e suas unidades especializadas (DPOE, DSOE e DOC), a Polícia Penal Federal (representando a Senappen), a Polícia Federal por meio da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco), a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e a Polícia Militar.
As ações de combate ao crime dentro do sistema prisional seguem como prioridade para os órgãos de segurança pública, buscando enfraquecer a atuação de facções criminosas e garantir a ordem dentro e fora das unidades penitenciárias.