Em um avanço significativo para a segurança pública e a identificação de pessoas desaparecidas, o Acre concluiu seu primeiro caso de identificação de um corpo em avançado estado de decomposição, graças ao apoio da Rede Nacional de Identificação de Pessoas Desaparecidas (RNIPD). A identificação foi realizada pela Polícia Civil do Acre (PCAC), com o suporte dos Institutos de Identificação e de Medicina Legal, além da colaboração técnica da Força Nacional.
O caso ocorreu no distrito de Vila Campina, zona rural do Acre, onde foi encontrado um corpo em decomposição avançada. Apesar das condições difíceis, a equipe especializada do Instituto de Identificação realizou a coleta de impressões digitais do cadáver, utilizando técnicas de necropapiloscopia. Essas impressões foram registradas no sistema ABIS Estadual, o que possibilitou a comparação com o banco de dados do Instituto e a consequente identificação do indivíduo como sendo Manoel Alves de Souza, natural de Jaguapitã, no Paraná.
A mobilização, que integra o esforço nacional para localizar e identificar pessoas desaparecidas, segue os protocolos estabelecidos pela Política Nacional de Busca de Pessoas Desaparecidas, que visa oferecer respostas rápidas e eficazes às famílias. Essa ação demonstra a importância do uso da papiloscopia, que permite a identificação mesmo em casos de forte decomposição, e contribui para dar dignidade às famílias que passam pela dor da incerteza sobre o paradeiro de seus entes queridos.
Nos primeiros meses de 2025, o Instituto de Identificação do Acre tem se destacado pelos resultados positivos: de janeiro a março, foram realizadas 119 identificações de cadáveres, além de atendimentos a pessoas vivas. Esse número reflete o empenho da instituição em proporcionar respostas claras e rápidas à sociedade.
O delegado-geral da Polícia Civil, Dr. Henrique Maciel, ressaltou a importância do trabalho realizado, afirmando que cada identificação representa a devolução da dignidade e da justiça para as famílias. O diretor do Instituto de Identificação, Júnior César da Silva, também destacou a importância da integração do Acre à rede nacional, reforçando o compromisso do Estado com a dignidade humana e a aplicação da ciência forense na busca por justiça.
Com esse marco, o Acre reafirma seu papel importante no combate ao desaparecimento de pessoas e fortalece as políticas públicas de segurança e direitos humanos no país.