O Ministério da Saúde lançou, no dia 27 de março, a chamada pública do Programa Pesquisa para o SUS: Gestão Compartilhada em Saúde (PPSUS) no Acre. A iniciativa visa financiar projetos científicos que contribuam diretamente para melhorar o Sistema Único de Saúde (SUS) nas realidades locais.
Fruto de uma parceria entre o Departamento de Ciência e Tecnologia (Decit), o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Acre (Fapac), o programa chega à sua quinta edição no estado com um investimento inédito de R$ 1,25 milhão — sendo R$ 1 milhão do governo federal e R$ 250 mil da Fapac.
O PPSUS tem como objetivo promover pesquisas aplicadas que ofereçam soluções concretas aos desafios enfrentados pelo SUS, ampliando o impacto social do conhecimento científico. Com foco na descentralização do fomento à ciência, o programa também busca reduzir desigualdades regionais no financiamento de pesquisa e inovação em saúde.
A nova chamada pública define 50 linhas de pesquisa divididas em cinco eixos temáticos prioritários, de acordo com as necessidades de saúde da população acreana:
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Planejamento e Gestão no SUS
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Vigilância em Saúde
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Redes de Atenção à Saúde (RAS)
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Educação Permanente na Saúde
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Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora do SUS
As propostas devem estar alinhadas com essas áreas e podem ser submetidas até o dia 16 de maio de 2025. O edital completo está disponível no Sistema de Informação de Ciência e Tecnologia em Saúde (SISC&T) e no portal da Fapac.
Segundo a Fapac, a construção do edital foi fruto de um processo colaborativo que envolveu intensamente a comunidade científica do Acre, fortalecendo o diálogo entre pesquisadores e gestores públicos. O engajamento demonstra o papel fundamental da ciência como aliada na construção de soluções para os desafios enfrentados no dia a dia do SUS.
O PPSUS é coordenado nacionalmente pelo Decit, com o CNPq responsável pela gestão administrativa. Em nível estadual, o programa é conduzido em parceria pelas fundações de amparo à pesquisa e pelas secretarias estaduais de saúde.