Na manhã desta quinta-feira (3), Sidney, genro de um paciente que faleceu no Hospital João Câncio Fernandes, em Sena Madureira, entrou em contato com o Portal Yaco News para denunciar uma suposta negligência no atendimento prestado à vítima, um idoso de 67 anos.
Segundo Sidney, seu sogro deu entrada no hospital no último sábado (29), por volta das 5h37, apresentando sintomas de um AVC seguido de um princípio de infarto. Os médicos informaram que a situação era delicada e que o paciente não poderia ser transferido de imediato, pois corria risco de não resistir ao trajeto até Rio Branco. A equipe médica orientou a família a aguardar a estabilização do quadro para viabilizar a transferência.
Entretanto, ao longo do dia, Sidney relata que houve falta de medicamentos e que o idoso continuava em estado crítico. Às 9h34, um dos familiares assinou um documento, sem que houvesse uma explicação clara sobre sua finalidade. Somente às 17h os médicos voltaram a falar sobre a possibilidade de transferência, mas a decisão final só foi tomada às 20h58, quando a equipe médica informou que a remoção aconteceria dentro de 40 a 45 minutos.
Porém, antes que a transferência ocorresse, a família recebeu a notícia de que o idoso havia falecido por falência da massa cefálica. De acordo com Sidney, o diagnóstico foi feito sem a realização de exames mais complexos, como a tomografia, que não está disponível no hospital de Sena Madureira.
No dia seguinte, a situação se agravou quando familiares foram informados de que o prontuário indicava que a transferência não teria sido autorizada pela própria família, o que, segundo Sidney, não condiz com a realidade. Indignado, ele solicitou uma cópia do prontuário, mas encontrou dificuldades para obter o documento. Somente na segunda-feira (1º), após muita insistência, conseguiu acesso ao registro médico.
Naquele mesmo dia, com a intervenção do médico Cleiton, que assumiu o caso e reconheceu equívocos no atendimento, a transferência para Rio Branco finalmente aconteceu. O paciente chegou ao hospital da capital, passou por exames mais detalhados e os médicos afirmaram que, se ele tivesse sido encaminhado no mesmo dia do ocorrido, teria chances de se recuperar sem sequelas. No entanto, já era tarde demais. No dia seguinte, o idoso veio a óbito.
Revoltado com o desfecho da situação, Sidney gravou um vídeo denunciando o ocorrido e cobrando respostas das autoridades de saúde do município. Ele destacou que informações desencontradas e falhas no atendimento podem ter sido determinantes para a morte do sogro.
A denúncia foi levada à tribuna pelo vereador Francisco Maia, que cobrou providências do governo estadual. Sidney pede que moradores de Sena Madureira compartilhem o caso e exijam melhorias na saúde pública do município para evitar que outras famílias passem pela mesma dor.
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