11 maio 2025

Justiça nega novamente liberdade a policial penal acusado de matar jovem na Expoacre

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Foto: reprodução.

O policial penal Raimundo Nonato Veloso da Silva teve mais um pedido de liberdade negado pela Justiça do Acre. Acusado de matar Wesley Santos da Silva, de 20 anos, com um tiro durante a última noite da Expoacre 2023, Raimundo permanece preso em Rio Branco.

Veloso foi pronunciado a júri popular em agosto de 2024 e responde pelos crimes de homicídio qualificado por motivo fútil, tentativa de feminicídio e importunação sexual. À época da decisão, o juiz Robson Ribeiro Aleixo também já havia negado um pedido de soltura.

A defesa, representada pelo advogado Wellington Silva, solicitou a substituição da prisão preventiva por medidas cautelares, alegando que o acusado tem bons antecedentes, bom comportamento e que a fase de colheita de provas foi concluída, o que reduziria o risco de interferência no processo.

No entanto, a desembargadora Denise Bonfim indeferiu o pedido, afirmando que a prisão preventiva foi determinada pela Câmara Criminal e, portanto, não poderia ser revista por decisão individual. A magistrada também rejeitou argumentos de ilegalidade na prisão.

“Concluo assim que os pressupostos que autorizam a concessão da liminar requerida não estão presentes, levando-me a indeferi-la”, pontuou Bonfim.

Relembre o caso

Foto: reprodução.

O crime aconteceu na madrugada do dia 8 de agosto de 2023, no Parque de Exposições Wildy Viana, durante a Expoacre. Wesley e sua namorada, Rita de Cássia, comemoravam o aniversário dele quando foram atingidos por disparos de arma de fogo.

Segundo o depoimento de Rita, Raimundo Nonato estava embriagado e assediando mulheres na festa. A jovem relatou que, após ser importunada, reagiu agredindo o policial penal. Momentos depois, já do lado de fora do evento, o casal encontrou novamente Veloso e seu irmão, o que provocou uma nova confusão.

Durante o desentendimento, o policial sacou a arma e atirou várias vezes. Wesley foi atingido e morreu no local, enquanto Rita também ficou ferida com tiros na coxa, tornozelo e pé. Raimundo e seu tio foram contidos por populares até a chegada da polícia.

Foto: reprodução.

Raimundo Nonato, que já ocupou a direção do presídio de Senador Guiomard, foi preso em flagrante, mas inicialmente conseguiu liberdade provisória com medidas cautelares. Contudo, após recurso do Ministério Público do Acre (MP-AC), o Tribunal de Justiça determinou sua prisão preventiva, decisão que foi mantida posteriormente pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

A defesa do policial afirmou que recorrerá novamente da decisão e aguarda análise de um novo habeas corpus.

Informações via G1 Acre.

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