14 maio 2025

“Mãe critica qualidade da merenda escolar em Manoel Urbano: ‘Nem cachorro come aquela sopa'”

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A qualidade da merenda escolar nas escolas municipais de Manoel Urbano tem sido alvo de duras críticas por parte de pais e responsáveis, principalmente de uma mãe identificada como Maria Venida Silva Barbosa. Em mensagens compartilhadas em grupos de WhatsApp, ela expressou sua indignação sobre o que considera um descaso com a alimentação das crianças nas unidades escolares do município.

Segundo o relato da mãe, seus filhos estudaram na Escola Municipal Dom Próspero, onde, de acordo com ela, a alimentação oferecida era precária e de baixa qualidade. “Era bolacha com biscoito. O biscoito, muitas das vezes, nem todas, mas a maioria estava mole e morro, porque eu cansei de chegar lá e ver”, disse. Ela ainda criticou o preparo da sopa, descrevendo-a como um “mingau que nem cachorro come daquele jeito”, e questionou o uso dos recursos públicos destinados à merenda escolar.

“A gente sabe que tem dinheiro para comprar verdura, carne, frango, e faz isso aí?”, questionou. Sobre outros itens servidos, como o cuscuz e o pão de milho, ela foi categórica: “Se a pessoa for comer um pão de milho dessas escolas secas, vai se engasgar e morrer engasgado”.

A fala repercutiu fortemente nos grupos, gerando reações diversas. Uma integrante, que se apresentou como possível funcionária da rede municipal de ensino, rebateu a crítica informando que o acesso à cozinha das escolas é restrito. “Na cozinha, nem a diretora entra sem seus EPIs. O pai tem direito de ver o cardápio no mural da escola, mas na cozinha ele não pode entrar. Somente as merendeiras têm autorização”.

Maria Venida, no entanto, não aceitou a justificativa e afirmou que os pais têm, sim, o direito de fiscalizar a alimentação oferecida aos seus filhos. “Nós como pais temos o direito de chegar na escola e entrar na cozinha e ver qual é a merenda que vai ser feita. Nós temos todos os direitos. Nós que somos os bestas que não fazemos isso”, rebateu.

Ela ainda prometeu buscar amparo jurídico. “Nós temos o Ministério Público. Eu vou perguntar ao meu advogado. Duvido se eu for numa escola dessa e não entro na cozinha e vou olhar o freezer para ver qual é a merenda que vai ser servida.”

A discussão escancarou um sentimento de desconfiança por parte de pais e responsáveis em relação à merenda escolar nas escolas públicas do município. A polêmica também trouxe à tona a necessidade de maior transparência, diálogo e fiscalização no setor de alimentação escolar, principalmente em áreas mais afastadas e com pouco acompanhamento por parte de órgãos de controle.

Até o momento, a Prefeitura de Manoel Urbano e a Secretaria Municipal de Educação não se manifestaram oficialmente sobre as denúncias.

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