25 abril 2025

Ministério Público do Acre apura possível caso de racismo em supermercado de Rio Branco

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O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), por meio da Promotoria Especializada de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania, instaurou um procedimento investigatório criminal para apurar um suposto caso de racismo ocorrido em uma rede de supermercados de Rio Branco.

A denúncia envolve um segurança da unidade, que teria acusado um homem negro de furtar um pacote de sal. O cliente foi abordado e perseguido no estacionamento do local. O MPAC busca esclarecer as circunstâncias do episódio e entender os motivos que levaram à ação do funcionário.

O promotor de Justiça Thalles Ferreira, responsável pelo caso, destacou a importância de aprofundar as investigações para garantir a correta adoção de medidas judiciais e extrajudiciais. Ele reforçou que a atuação do Ministério Público vai além da apuração pontual do fato, considerando também o contexto mais amplo de desigualdade racial.

“O racismo estrutural não se resume a atos discriminatórios isolados, como ofensas diretas por conta da cor da pele. Trata-se de um processo histórico que reproduz, de forma sistemática, condições de desvantagem e privilégios entre grupos étnico-raciais nos âmbitos político, econômico, cultural e nas relações cotidianas”, afirmou o promotor.

O MPAC também levou em consideração o entendimento do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que já se manifestou sobre a influência de sistemas de monitoramento eletrônico na configuração de crime impossível – quando a consumação do delito é inviável. No entanto, o órgão destaca que isso não exclui automaticamente a possibilidade de responsabilização penal.

As investigações seguem em andamento.

Via Agência de Notícias do MPAC

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