O YacoNews ouviu o relato de Gabriele Mota, moradora de Sena Madureira, que denunciou um grave caso de possível negligência médica no Hospital João Câncio Fernandes. A denúncia envolve o atendimento prestado à sua neta, uma criança que apresenta sinais de autismo, segundo a escola onde estuda.
De acordo com Gabriele, a médica plantonista — que não será identificada por razões legais — foi grosseira, ignorou os sintomas da criança e, segundo a denunciante, se recusou a ouvir os relatos da família. A menina estava com febre, vômitos e lesões nos pés. “Ela me tratou com indiferença, foi grossa o tempo todo. Me fez chorar ali mesmo”, contou a mãe da criança.
Durante a apuração, o YacoNews ouviu relatos de outros moradores da cidade que relataram episódios semelhantes com a mesma profissional. Segundo eles, esse tipo de comportamento é recorrente e nunca resulta em medidas por parte da direção do hospital.
A família também denuncia falhas graves na conduta da equipe de enfermagem. A criança, que recebeu soro na veia, não teve o braço imobilizado com a tala — item essencial em atendimentos pediátricos. “Deixaram ela lá de qualquer jeito, tomando soro praticamente em pé. Quando pedi uma cama, disseram que não tinha lençol. Eu mandei deitar assim mesmo, porque ela precisava descansar”, relatou Gabriele.
Um vídeo enviado à redação mostra a menina chorando sobre uma maca sem lençol, em situação de desconforto. A mãe afirmou ainda que, mesmo com sintomas persistentes há dias, a médica tentou dispensar a criança rapidamente. “Ela mal olhou para minha filha. Quando tentei explicar, disse que eu estava mentindo. Foi humilhante.”
Gabriele conta que, após compartilhar sua experiência, outras mães relataram já ter passado por situações parecidas com a mesma médica. “É um desrespeito constante. Isso não acontece só com a gente.”
Apesar de um contato feito pela direção do hospital após o ocorrido, a família segue descrente quanto a mudanças. “Sempre termina em conversa e nada muda. Precisamos denunciar, porque essa postura fere os direitos das nossas crianças.”
O YacoNews continuará acompanhando o caso e reforça o compromisso com o direito de resposta da médica e da gestão do hospital. O espaço fica aberto caso a direção do hospital queira se manifestar sobre o ocorrido.