O padre Mássimo Lombardi, que vive no Acre há mais de 50 anos, compartilhou suas memórias sobre o encontro com o Papa Francisco em 2017, ocorrido na Casa Santa Marta, no Vaticano. Na época, o sacerdote italiano, que atua na Área Missionária da Cidade do Povo, em Rio Branco, estava de férias em sua terra natal.
Tudo começou com uma carta enviada por Mássimo ao pontífice. Dois dias depois, recebeu uma ligação do secretariado de Francisco, convidando-o para uma missa. Após a celebração, os dois se encontraram. “Ele perguntou sobre o meu trabalho no Acre e quis saber como era a vida das famílias na Cidade do Povo”, recordou o padre.
Durante a conversa, o Papa mencionou o Sínodo para a Amazônia, que estava sendo preparado na época. “Ele desejou que este encontro tivesse bom êxito para o futuro mesmo da favela”, contou Mássimo.
O momento mais marcante para o padre foi o abraço espontâneo que compartilhou com Francisco. “Geralmente as outras pessoas beijavam a mão dele, mas eu tive um impulso espontâneo de abraçá-lo, porque ele me abraçou”, disse, emocionado.
Padre Mássimo destacou a simplicidade e humildade do Papa, características que o aproximavam das pessoas. “A maneira com que ele se comunicava com as pessoas era de uma extrema humildade. Ele sempre esteve ao lado do povo”, afirmou.
Francisco também era conhecido por seu compromisso com a preservação da Amazônia. “Ele se preocupava muito com as mudanças climáticas e denunciava modelos econômicos que podiam gerar desigualdades e destruição da natureza”, ressaltou Mássimo.
O Papa Francisco faleceu no dia 21 de abril de 2025, aos 88 anos, na Casa Santa Marta, no Vaticano. A causa da morte foi um acidente vascular cerebral, seguido de insuficiência cardíaca irreversível, conforme confirmado pelo Vaticano .
