Na manhã desta segunda-feira (14), uma participante do concurso público da Educação, promovido pelo Governo do Acre, relatou ao Portal YacoNews que os lacres das provas aplicadas no domingo (13) teriam chegado rompidos em uma das salas da Escola Benfica, localizada no bairro Vila Acre, em Rio Branco.
Segundo o relato, a candidata, que fazia a prova de nível superior para as áreas de Braillista, Libras e Sociologia, afirmou que a irregularidade foi percebida no início da aplicação da prova. “Cheguei para fazer a prova e todos já estavam sentados. Quando a aplicadora entrou, ela chamou uma professora de outra sala para testemunhar a abertura dos pacotes das provas em uma sala separada. Quando voltou, ela disse que os lacres estavam violados. Outras duas professoras também confirmaram que os lacres das provas estavam abertos”, disse a candidata.
Diante da situação, os fiscais do local acionaram a Polícia Militar e o Ministério Público do Estado, que compareceram à escola para verificar a denúncia. A presença das autoridades confirmou que os lacres de fato estavam rompidos.
Apesar do ocorrido, a sala em questão prosseguiu com a aplicação da prova. No entanto, de acordo com a denúncia, uma outra sala optou por não realizar o exame.
Ainda segundo a participante, uma professora que foi chamada para verificar a situação da prova acabou sendo levada à delegacia junto com uma representante da banca organizadora, o Instituto Nosso Rumo. A denúncia aponta que a docente teria sido coagida dentro da sala por representantes da banca, o que motivou sua condução pela polícia para prestar esclarecimentos.
O concurso da Educação do Acre já havia sido cancelado anteriormente, em dezembro de 2024, após inúmeros problemas durante a aplicação das provas. Na época, o governo do Estado divulgou nota informando que a decisão pelo cancelamento foi motivada pela ausência de documentos e esclarecimentos da banca sobre os incidentes relatados.
Mesmo após a polêmica, o Instituto Nosso Rumo foi mantido como responsável pela organização do novo certame, que oferece vagas para cargos de apoio administrativo (nível médio) e para professores em diversas áreas, incluindo matemática, biologia, educação física e, pela primeira vez, educação especial.
Antes da reaplicação, o secretário de Educação havia anunciado medidas para aumentar a fiscalização nos locais de prova, justamente para evitar novas falhas.