21 abril 2025

Ponte sobre o Rio Caeté deve ser interditada novamente em junho para início das obras, diz DNIT

spot_imgspot_imgspot_imgspot_img

A ponte sobre o Rio Caeté, no km 10 da BR-364, em Sena Madureira, deverá ser novamente interditada em junho, segundo informações do superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) no Acre, Ricardo Araújo. A medida será necessária para a execução das obras de reforma provisória dos pilares da estrutura e posterior construção de uma nova ponte.

Enquanto isso, o tráfego seguirá fluindo normalmente, com passagem controlada de veículos — um por vez. A interdição só ocorrerá após a instalação de um pontilhão que está sendo preparado para ser usado durante o período de obras.

“Vamos montar o pontilhão e colocá-lo lá na ponte do Caeté, garantindo acesso enquanto a reforma provisória do pilar acontece. A interdição só será feita quando essa estrutura estiver montada e operando com segurança”, explicou Araújo.

Ponte sobre o Rio Caeté, no interior do Acre, teve uma movimentação de 2,5 metros — Foto: Jardel Angelim/Rede Amazônica
Ponte sobre o Rio Caeté, no interior do Acre, teve uma movimentação de 2,5 metros — Foto: Jardel Angelim/Rede Amazônica

Segundo o DNIT, a licitação da obra será realizada em maio, e a execução está prevista para começar em julho. O objetivo é evitar novos transtornos no tráfego entre Sena Madureira e os municípios do Vale do Juruá, como Manoel Urbano, Feijó, Tarauacá e Cruzeiro do Sul. A previsão é que a ponte esteja totalmente liberada até outubro.

Histórico de problemas

Em janeiro deste ano, a ponte chegou a ser interditada no dia 24, mas foi reaberta menos de 48 horas depois devido ao encalhe da balsa que havia sido disponibilizada para travessia. A estrutura prometida de apoio incluía, além da balsa, a instalação de pontilhões laterais e, até mesmo, o uso de uma ponte metálica do Exército para veículos leves, mas as soluções esbarraram em problemas técnicos e logísticos.

A Portaria nº 136, de 8 de janeiro de 2025, apontou movimentação no talude da margem do rio, o que gerou pressão excessiva sobre os apoios da ponte. “A estrutura pode comprometer a segurança dos usuários que trafegam por esse trecho”, alertava o documento.

O DNIT monitora a ponte desde 2022, quando foi decretada situação de emergência na área. Entre setembro e novembro de 2024, a ponte apresentou deslocamento de 5 centímetros, tornando inviável qualquer solução paliativa.

“Nossa meta é garantir segurança total na travessia e evitar que o fluxo de veículos entre as cidades da região fique comprometido. A nova ponte deve levar cerca de 18 meses para ser concluída”, afirmou o superintendente.

Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF-AC), cerca de mil veículos passam diariamente pela ponte. Com o nível do rio mais baixo, a travessia de balsa dura em média 3 minutos e meio. No período de cheia, esse tempo pode dobrar ou até triplicar, dificultando ainda mais o tráfego na região.

Veja Mais