O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, foi oficialmente destituído do cargo nesta sexta-feira (4) pelo Tribunal Constitucional do país. A decisão unânime confirmou o impeachment aprovado anteriormente pelo Parlamento, após Yoon decretar lei marcial em dezembro do ano passado — medida considerada um “grave atentado à democracia” pelo tribunal.
A imposição da lei marcial mergulhou a Coreia do Sul em sua pior crise política em décadas. O presidente interino da Suprema Corte, Moon Hyung-bae, afirmou que Yoon “violou seus deveres constitucionais” e cometeu “uma grave traição à confiança do povo”, criando um ambiente de instabilidade em áreas essenciais como economia e política externa.
Eleições em até 60 dias
Com a saída de Yoon, o primeiro-ministro Han Duck-soo assume interinamente a presidência até que novas eleições sejam realizadas, o que deve ocorrer dentro de 60 dias, conforme determina a Constituição sul-coreana.
Entre os nomes cotados para a sucessão está Lee Jae-myung, líder do Partido Democrático e derrotado por Yoon em 2022 por uma margem estreita. Apesar de favorito nas pesquisas, Lee enfrenta processos judiciais por suspeitas de corrupção. O campo conservador também prepara uma série de pré-candidatos para a disputa.