
O Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais do Acre (SINPRF) se manifestou nesta sexta-feira (18) sobre o acidente ocorrido na última quinta-feira (17), na Via Verde, em Rio Branco, que deixou três pessoas feridas e uma vítima fatal, identificada como Macio Pinheiro da Silva, de 45 anos.
Em entrevista exclusiva ao site ac24horas, representantes do sindicato rejeitaram as acusações feitas pelo deputado federal Coronel Ulysses, que afirmou que agentes da PRF teriam acobertado o motorista da caminhonete envolvida no acidente. Segundo o sindicato, o parlamentar estaria se aproveitando do caso para autopromoção política.
Procedimentos legais foram seguidos, afirma sindicato
De acordo com Gabriel Pacheco, do departamento jurídico do SINPRF, a Polícia Rodoviária Federal chegou ao local quando uma equipe da Polícia Militar já prestava os primeiros atendimentos. A PRF, então, teria adotado todos os procedimentos padrões: atendimento às vítimas, sinalização da via, identificação dos envolvidos e teste do etilômetro no motorista, que teve resultado negativo para álcool.
Ainda segundo Pacheco, o motorista não foi conduzido à delegacia por falta de efetivo, e porque, legalmente, não havia flagrante, já que o condutor permaneceu no local e prestou socorro às vítimas. “A prisão em flagrante não ocorre quando há o devido socorro. Mesmo assim, se houvesse outra equipe disponível, ele poderia ter sido encaminhado à delegacia, mas não na condição de preso”, explicou.
Questionado sobre a possibilidade de ter solicitado apoio à Polícia Militar para fazer a condução do motorista, Pacheco afirmou que a equipe avaliou que não havia necessidade naquele momento. “Foi uma situação trágica, e a PRF se solidariza com a dor da família. Mas todas as ações adotadas ali seguiram o que a lei determina”, reforçou.
“Acusação grave e infundada”, diz presidente do SINPRF
O presidente do sindicato, Celso Oliveira, também rebateu duramente as declarações do deputado Coronel Ulysses, que acusou os agentes da PRF de ajudarem o motorista a fugir do local. Para Oliveira, a fala do parlamentar é irresponsável e fere a honra dos policiais.
“É lamentável ver um deputado federal, que vem da área da segurança pública e conhece as dificuldades do serviço policial, acusar agentes de crime sem qualquer fundamento. Se ele entende que a legislação é falha, deve usar seu cargo para propor mudanças — não atacar profissionais que apenas seguiram a lei”, declarou.
Oliveira também afirmou que a PRF repudiou o uso político do caso e que, caso o deputado não se retrate publicamente, ações judiciais poderão ser tomadas. “A PRF atuou dentro da legalidade. As acusações feitas são graves. Esperamos retratação — do contrário, consideraremos uma ação na Justiça”, finalizou.
Com informações ac24h