A Vigilância Sanitária de Sena Madureira está tentando identificar os responsáveis por um ato grave contra a saúde pública e o meio ambiente: o descarte de restos de animais em um igarapé que corta a área urbana do município. A denúncia foi feita por moradores da região, que se depararam com um forte odor e a presença de urubus no local.
Segundo os agentes de vigilância, restos de animais, possivelmente domésticos, foram jogados diretamente na água, o que além de ilegal, representa risco de contaminação para quem vive nas proximidades e utiliza o igarapé. A equipe já iniciou uma investigação para localizar os autores e reforça que esse tipo de conduta é crime ambiental.
O caso reacende um debate importante: o crescente número de animais abandonados em Sena Madureira, especialmente gatos. Estima-se que milhares de casos de abandono ocorram anualmente no município, contribuindo para a superpopulação de animais nas ruas, muitos dos quais doentes, feridos ou em condições insalubres.
O abandono de animais é crime previsto na Lei Federal nº 9.605/98 (Lei de Crimes Ambientais), com pena que pode chegar a cinco anos de prisão, além de multa. Apesar disso, a falta de fiscalização e de políticas públicas efetivas de controle animal torna o problema recorrente.
Organizações protetoras e moradores pedem que o poder público implante com urgência programas de castração, campanhas de conscientização e fiscalização mais rigorosa para coibir o abandono e maus-tratos. O controle populacional de gatos, por exemplo, é considerado uma medida urgente para evitar a propagação de doenças e o sofrimento animal.
Enquanto isso, a Vigilância Sanitária alerta a população para que denuncie situações de descarte irregular ou abandono de animais, colaborando com a preservação da saúde coletiva e do meio ambiente.
