O Acre enfrenta um aumento preocupante nos casos de dengue em 2025, com mais de 5 mil registros prováveis da doença confirmados até o momento. A região do Juruá, que reúne municípios no interior do estado, apresenta alta incidência em todas as suas localidades, intensificando a preocupação das autoridades de saúde.
De acordo com o último boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre), o município com o maior número de casos é Cruzeiro do Sul, principal cidade da região do Juruá. Até esta semana, Cruzeiro do Sul acumula 2.507 casos prováveis de dengue, com uma taxa de incidência de 2.548,8 casos por 100 mil habitantes, a mais alta do estado.
Além de Cruzeiro do Sul, os demais municípios da região do Juruá registram crescimento significativo nas notificações da doença, configurando uma circulação ativa do vírus da dengue e aumentando o risco para a população local.
A Sesacre alerta para a necessidade urgente de intensificação das ações de controle e prevenção, que incluem a eliminação dos criadouros do mosquito Aedes aegypti, principal transmissor da dengue, além do fortalecimento da vigilância epidemiológica e o engajamento da comunidade nas medidas de proteção.
Os sintomas da dengue podem variar desde febre alta, dores no corpo, nas articulações e atrás dos olhos, até manifestações mais graves, como sangramentos e choque. A recomendação é que a população procure atendimento médico imediato em casos suspeitos e evite a automedicação.
A disseminação da dengue no Acre ocorre em meio ao período chuvoso, quando as condições favorecem a proliferação do mosquito. As autoridades reforçam a importância da colaboração dos moradores para eliminar focos do Aedes aegypti, como recipientes com água parada, pneus, garrafas e entulhos.
Além da dengue, a Secretaria de Saúde acompanha casos de outras arboviroses transmitidas pelo mesmo mosquito, como a chikungunya e o zika vírus, que também têm impacto na saúde pública.
O cenário atual exige mobilização conjunta entre governo, municípios e população para conter a epidemia e evitar o agravamento da situação, especialmente em áreas com alta incidência, como o Juruá.
A Sesacre mantém o monitoramento constante e divulga periodicamente os boletins epidemiológicos para informar a população sobre o avanço da doença e as ações em andamento.